A natureza reclama a vinda do Senhor

A natureza demonstra as consequências do pecado

“Antes de mais nada, deveis saber que, nos últimos dias, aparecerão zombadores esbanjando zombarias e levando a vida ao sabor de suas paixões. Eles dizem: ‘Onde ficou a promessa da sua vinda? Desde a morte de nossos pais tudo permanece como no princípio da criação!’ Voluntariamente desconhecem que desde antigamente existia o céu e que a palavra de Deus fez surgir da água a terra, sustentada pela água; e que pelos mesmos elementos o mundo de então pereceu, afogado pelas águas. Pela mesma palavra, o céu e a terra de hoje estão sendo reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e da perdição dos ímpios.
Ora, uma coisa não podeis desconhecer, caríssimos: para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como alguns interpretam a demora. É que ele está usando de paciência para convosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos venham a converter-se”
(II Pd 3,3-9).

No texto interpretado por São Pedro, vemos que Deus está demonstrando paciência, porque não quer que nenhum dos seus se percam, mas que todos cheguem à conversão.

“Se é deste modo que tudo vai desintegrar-se, qual não deve ser o vosso empenho numa vida santa e piedosa” (II Pd 3,13).

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Foto: Daniel Mafra/CN

A terra não aguenta mais tantos pecados

Nós nos perguntamos: “O que vai ser isso? Como será?”. Em geral, só olhamos pelo lado doloroso, olhamos as catástrofes; mas será a glória! Não posso mentir para você: acontecerão coisas duras? Acontecerão! Pois a própria natureza não aguenta mais tanto pecado na face da terra. São Paulo nos revela, na Carta aos Romanos, que a natureza foi feita para abrigar os filhos de Deus, para ser um jardim do Senhor. A Terra não aguenta mais tanta corrupção e depravação. Secas, chuvas em demasia, desmoronamentos… A natureza aguarda a manifestação do Senhor e de Seus filhos. E quanto mais chegamos aos tempos finais, como diz o Senhor, mais a depravação e a corrupção vão crescendo.

“…o Diabo desceu para o meio de vós e está cheio de grande furor; pois sabe que lhe resta pouco tempo” (Ap 12,12) .

A Bíblia fala em grande furor e ira sobre a nossa geração. O pior do inferno, o inimigo jogou em nós agora. Ele sabe que o tempo dele está diminuindo, sabe que será acorrentado, colocado no abismo, fechado e trancado. Teremos uma humanidade sem o terror do inimigo, de todo esse pecado, toda essa hediondez, por isso é que ele está jogando mais sujeira agora.

A corrupção há de crescer ainda mais

Quanto mais pecado, mais corrupção, mais as coisas começam a explodir. Deus não quer, mas a natureza começa a estourar e acontecem desgraças. E desgraças mesmo! Quanto mais pecados, mais cataclismos vão acontecer. Como São Pedro diz, hoje muitos não acreditam e dizem: “Não! Desde que o mundo é mundo se fala da vinda do Senhor, mas Ele não veio”.

São Pedro nos diz hoje: “Uma vez que todas essas coisas irão acontecer, que homens devemos ser? Que santidade de vida!”.

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Aguenta firme, meu filho!

A justiça vai habitar a face da Terra, teremos uma humanidade nova, e é isso que esperamos.
Mas eu não posso mentir para você. Passaremos por muitas dificuldades.

Nós, que fomos usados por Deus, que coordenamos, estivemos à frente de comunidades, conselhos e comissões, poderemos desanimar, blasfemar, ficar revoltados com o Senhor e “dar para trás”. Infelizmente, se não estivermos firmes, porque as coisas vão apertar, nós cairemos.

O Senhor precisará limpar a face da Terra. As coisas não podem ficar como estão, o Senhor mesmo é que há de separar o joio do trigo. Até mesmo dentro da Igreja. Hoje, muita gente fala uma coisa, mas é outra, age de outra forma. O Senhor vai ter que lavar a face da Terra de toda podridão. Terá que separar os verdadeiros bons dos verdadeiros maus.

Deus não quer que ninguém se perca

Se a natureza não aguenta, imagine o coração do Pai! Ele não aguenta mais ver a vida depravada de Seus filhos, a vida corrompida, cheia de doenças, brincadeiras que colocam vidas em risco, rachas, gravidez inconsequente.

Por que que o Pai segura o Seu filho e diz: “Meu Filho, não vá ainda não!”? Para que ninguém se perca. No entanto, chegará uma hora que, para libertar Seus filhos, o Senhor vai mandá-los intervir, lavar e jogar toda sujeira para fora. O que estiver na lama e quem estiver na lama serão jogados juntos.

Numa enchente, junto com a lama que invade as casas, quando se é jogado fora essa sujeira, muitas vezes fotos de família, coisas preciosas se perdem, ali são descartadas também. É por isso que precisamos trabalhar com os nossos e para os nossos, para que eles não se percam.

A arca da salvação

Nos tempos de Noé, as pessoas não acreditavam e até zombavam dele, mas quando Noé fechou a arca, começou a chover. E tudo se perdeu, só se salvou o que estava dentro dela.

Gente, agora é a hora de construir a arca. Talvez você seja o Noé da sua casa. Se você é pai, se você é mãe, vocês são os primeiros que têm de criar juízo e obedecer o Senhor. Noé fez a arca com madeira. Hoje, nós a fazemos com a vida santa.

Hoje, não se respeita mais Deus. Daí, perdeu-se o respeito para com as leis, com os pais e os professores. Nossos jovens perderam o respeito, eles não têm mais limites, perderam todo senso de autoridade.

Nós perdemos o respeito para com Deus, deixamos o Senhor para segundo, terceiro ou quarto plano. Não adianta cobrarmos dos jovens se nós não recuperarmos o respeito para com Ele. Tem de começar de nós, mas se, infelizmente, seu pai e sua mãe não reagem, não se sensibilizam, seja você mesmo o Noé da sua casa.

Assim com o coração do Pai não aguenta mais, assim como a natureza não aguenta mais, chegará a hora em que nós não aguentaremos mais. A corrupção será tão profunda, a depravação será tão vasta e o terror será tão grande, que pediremos, vinde Senhor Jesus! Nós não aguentamos mais.

Mas, antes disso, precisamos ser Noé em nossa casa.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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