Aprendamos a acreditar mesmo na situação adversa

A fé brota do coração, mesmo diante da situação adversa

Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu” (Jo 20,8).

João viu e acreditou, então pôde descrever com todos os detalhes o que viu. Antes, vemos, nesse Evangelho, que Maria Madalena foi avisar os apóstolos, dar a notícia de que a pedra havia sido removida da frente do sepulcro e que o corpo de Jesus não estava mais lá. Ela viu o Senhor só depois, e achou que fosse o jardineiro.

Como foi João quem escreveu esse Evangelho, colocou esse detalhe, porque era muito importante: “viu e acreditou”. O que Maria Madalena narra é que tiraram o Senhor do túmulo; nada mais que isso. Para João, no entanto, não era só isso. Seu coração falou mais forte do que todas as evidências. Ele não tinha argumentos para discutir com Maria Madalena ainda, mas já sabia.

A fé brota do coração, vem do mais profundo do nosso interior. No coração de João explodiu a promessa de Jesus: Eu ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54).

aprendamos a acreditar mesmo na situacao adversaFoto: Wesley Almeida/CN

O Senhor ressuscitou e nós haveremos de encontrá-Lo, mas Ele não está mais no túmulo. Era o que João pensava. Ele correu e chegou antes. Não só porque era jovem, mas porque seu coração explodia.

Chegou mais não entrou, porque não tinha nada a encontrar lá dentro. Ele sabia que o Senhor não estava lá, como Maria Madalena havia dito. Esperou por Pedro, que entrou e encontrou o sudário embrulhado e colocado de lado; o outro pano também dobrado, mas não junto. Depois, João entrou e viu os panos. “Ele viu e acreditou”.

No jardim, Jesus apareceu a Madalena. Um corpo glorioso não pode ser visto por nós, mas Ele fez com que ela pudesse vê-Lo, mas sem reconhecê-Lo. Quando a chama de Maria, a entonação de Sua voz demonstra a ela que era Ele.

João e Pedro não viram o Senhor no sepulcro, mas Ele estava lá. Nestes tempos de hoje, é essa fé que o Senhor quer depositar em nós. Os primeiros cristãos sabiam: “Ele está no meio de nós”.

Onde dois ou três estão reunidos em meu nome aí estou eu no meio deles (Mt 18,20).

O Senhor não está somente num grupo de oração, numa igreja com o sacrário – lá ele está corporalmente –, mas aqui, agora, o Senhor está no meio de nós. Nós supomos Sua presença, mas ela é uma certeza. Nem mesmo com nossas emoções nós O sentimos, mas Ele está junto de nós, o Senhor é real.

A presença d’Ele não é resultado da nossa fé. É justamente o oposto. Não é pelo fato de eu vir você, que você está aqui. Se eu estivesse com os olhos fechados, então você não estaria?

Jesus está na doença, no desemprego, no casamento desmoronando e na infidelidade do seu marido. Mas quem não tem fé se pergunta nessa hora: “Onde Deus está em tudo isso?”.

João, quando chegou ao túmulo e não viu Jesus, poderia ter pensado: “Sequestraram o corpo!”, mas, mesmo sem ver, ele acreditou em Madalena.

João só via o contraditório, os panos até dobrados, mas ele acreditou. “O meu Senhor está aqui!”. Em cada coisa é preciso acreditar. “O meu Senhor está aqui”.

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