Este mês de junho é regido por grandes festas. Já no dia 4 temos a grande solenidade de Pentecostes: a descida do Espírito Santo, que veio para fazer novas todas as coisas. Neste ano, temos uma grande graça: o Santo Padre, o Papa Bento XVI, está convocando os Movimentos e as Novas Comunidades do mundo inteiro para viverem Pentecostes com ele na praça de São Pedro, em Roma.
Bento XVI está renovando aquilo que João Paulo II realizou no Pentecostes de 1998. Ainda hoje estamos colhendo os frutos daquele Pentecostes. É importante recordar que, naquela ocasião, aquele que era Cardeal Ratzinger e hoje é o nosso Bento XVI, apresentou a principal conferência do Congresso Teológico que precedeu o grande encontro de Pentecostes. O assunto da sua conferência foi justamente “A dimensão institucional e a dimensão carismática da Igreja”. Foi algo inédito. Ninguém esperava uma apresentação tão clara e precisa sobre a Dimensão Carismática da Igreja.
Podemos dizer que a palavra dele foi determinante para a nossa visão de Igreja: a Igreja é carismática pela própria natureza e não pode deixar de ser carismática, tanto em sua vida como em suas manifestações. Os carismas, mostrava ele, são essenciais para a vida da Igreja. Ela não pode viver sem os dons do Espírito Santo. Temos a certeza de que o Pentecostes deste ano trará frutos determinantes de vida nova no Espírito para toda a Igreja. Mais do que nunca ela precisa da transformadora ação carismática do Espírito Santo. Já no dia 15, bem na metade do mês, temos a festa do Corpo de Cristo. Como bem nos mostrou o Papa João Paulo II quando instituiu o ano eucarístico, a Igreja vive da Eucaristia. Se por um lado a Igreja nasceu do Espírito Santo, por outro lado, ela vive da Eucaristia.
É na celebração Eucarística e na comunhão do corpo e sangue do Senhor que a Igreja sobrevive. Sem Eucaristia ela não tem como sobreviver. Uma semana depois, na sexta-feira, dia 23, celebramos a festa do Coração de Jesus. Foi do Seu lado, aberto na cruz, que Ele derramou o Espírito Santo sobre o mundo inteiro. Este foi o primeiro e grande fruto da redenção. Foi do coração de Jesus que brotou também o grande dom da Eucaristia, vida para a Igreja. É a festa do amor sem limites. Amor que vai até a loucura da cruz. Que vai até o extremo de Se deixar presente sob o véu do pão e do vinho, Cristo vivo no meio de nós.
Finalizamos este mês com a festa de São Pedro, no dia 29. É a festa da Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Esta festa sintetiza tudo: a Igreja que brota do coração aberto de Cristo, que recebe Sua unção e o envio no dia de Pentecostes e que foi confiada aos cuidados de Pedro e de seus sucessores.
A Igreja que hoje é regida por Bento XVI é aquela da qual disse Jesus: “sobre esta pedra edificarei a MINHA Igreja”. Mais do que nunca posso lhe dizer: Boas Festas!
Viva com profundidade e entusiasmo estes dias que o Senhor fez para nós.
Seu irmão,
Padre Jonas Abib