Um jovem, de quem recebi este testemunho, estava no candomblé havia mais de 20 anos. Ele me contou que era muito aplicado nele, por isso havia se desenvolvido mais do que seus companheiros. Mas, depois de certo tempo, sentiu que já não tinha mais os mesmos ”poderes”, pois não conseguia mais se comunicar com a ”entidade maior” a quem ele servia até então. Ele nem podia imaginar que sua mãe, que já estava freqüentando a Renovação Carismática Católica (RCC), orava constantemente por ele. Ela sentia que não podia fazer nada para convencê-lo e tirá-lo daquela vida. Por isso orava sem cessar, para que o Senhor fizesse o que ela não podia fazer: libertá-lo daquela vida. Ele havia se mudado para uma cidade bem distante, e já fazia 2 anos que nem mesmo conversava com ela.
Então, um dia, no auge do desespero, porque os ”poderes” e a ”entidade maior” não se manifestavam mais, ele, na cozinha de sua casa, gritou: ”Se esse Deus existe, que se manifeste e diga o que eu devo fazer, e eu largo tudo e vou te servir”.
No dia seguinte, pelas 6 horas da manhã, sua mãe bateu no portão de sua casa. Ela foi logo dizendo: ”Eu não entendo, mas eu vim até aqui para levar você para o Congresso da Renovação Carismática, que vai ser realizado aqui no seu Estado”. Ele ficou muito espantado, mas se lembrou logo do desafio que havia feito ao Senhor na noite anterior. Ele não relutou muito, porque tudo lhe dizia que aquela era a resposta ao desafio que ele havia feito na noite anterior. Ele foi ao congresso e tudo o que ia acontecendo o aturdia. Ele estava vendo ali um poder que não eram os seus ”poderes”, e uma presença muito forte de Alguém que não era a sua ”entidade maior”. O momento decisivo, porém, se deu com a passagem do Santíssimo Sacramento quando o Nosso Senhor Jesus Cristo chegou diante dele e ele se sentiu envolvido por uma força cheia de amor. As lágrimas caíram espontâneas e ele se viu ajoelhado diante da hóstia consagrada. Ele não era capaz de entender, mas, acreditava que o Deus verdadeiro, para o qual ele havia feito aquele clamor, estava ali diante dele.
Chegando de volta, em casa, ele foi ao quartinho que chamavam ”o lugar do santo” e foi colocando tudo dentro de um saco e jogando no lixo. Sofreu muito, depois disso, pois os seus companheiros do candomblé, especialmente os que o haviam mandado em missão para ”formar uma nação espírita”, tomaram-no como um traidor. Não foi nada fácil para ele, mas ele já era um homem novo! Hoje, ele é um fervoroso e convicto pregador da Palavra de Deus, no mesmo Estado para onde ele havia sido enviado; agora, numa nova missão. Tenho certeza de que você entendeu que a pessoa mais importante neste testemunho não é ele, mas a mãe dele. Ela esperou, orou sem cessar, e só entrou em ação na hora certa: ela agiu do jeito de Maria. Neste mês, o que eu quero lhe dizer é isso: seja qual for a situação que você enfrenta, faça como aquela mãe: aja do jeito de Maria.
seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib