Marta e Maria mandaram chamar Jesus, mas Ele se atrasou e quando chegou o irmão delas já havia morrido. O Senhor já havia dito anteriormente: Eu sou o Bom Pastor, Eu sou a luz, Eu sou o Pão da vida. E, agora, no diálogo com Marta, Ele afirma: Eu sou a ressurreição e a vida (João 11, 25a), o que significa: Onde estou, aí estão a ressurreição e a vida.
Para entender bem isso, tenhamos como exemplo a água. Onde quer que ela esteja, é água e o que ela faz é molhar. No entanto, isso não vai ocorrer se houver um plástico ou algo impermeável em determinada superfície. Da mesma forma, o Senhor não vai ser ressurreição e vida na existência de alguém se este estiver envolvido por algo impermeável, ou seja, se estiver fechado. Agora, quando alguém é aberto, receptivo, quando se deixa penetrar por Jesus, que beleza! Assim, o Senhor penetra nessa pessoa com Sua força de ressurreição, com Sua vida e todo o ser desta vai sendo transformado. Esta é a força desta Palavra que Cristo disse a Marta:
Eu sou a ressurreição e a vida: aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá (João 11, 25)
Justamente isso aconteceu com Lázaro. Ele estava morto havia quatro dias. As irmãs dele disseram ao Senhor: Mestre, o Senhor não pode mandar abrir a sepultura porque já faz quatro dias que ele está aí. Já deve estar cheirando mal.
Havia um grande amor entre Jesus Cristo e Lázaro. O Senhor o amava, mas este também amava o Mestre. Jesus confiava nele, era seu amigo, Lázaro também confiava no Senhor e foi sempre aberto a Ele, a ponto de se deixar penetrar por Ele e ser íntimo d’Ele. E porque confiava e amava, mesmo estando morto, bastou que Cristo exclamasse em alta voz: Lázaro, vem para fora! (João 11,43b) e este veio para fora, ressuscitado. Por quê? Porque havia receptividade entre eles. Porque era grande o amor entre ambos e havia unidade, confiança e amizade entre eles, embora Lázaro já estivesse morto, esses laços não se desfizeram.
É isso que o Senhor também quer para você, por isso, Ele está diante desse “sepulcro” chamando-o pelo nome: “Vem para fora, porque Eu sou a Ressurreição e a Vida!”.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib