Muitas pessoas se aproximam de outras por interesse. Elas não estão amando, são apenas interesseiras. Se você ama dessa forma, isso não é amor, é interesse “revestido de chocolate”, de “açúcar” para mascarar suas intenções. A caridade não é inconveniente. Se você ama, se é namorado ou noivo de alguém, não seja inconveniente, porque aquele que age assim, não sente amor, apenas paixão, sensualidade. Mesmo entre marido e mulher, se você diz que ama seu(a) esposo(a), mas mente para ele(a), trai, é grosseiro (a), na verdade, não o(a) ama.
Sei que não é fácil, que nada disso se consegue de uma hora para outra. O amor é uma busca contínua, ele fere, tira pedaços, mas transforma!
“A caridade [o amor] não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade” (I Coríntios 13,6), ou seja, quando alguém está passando por uma situação difícil e ficamos contentes com isso. Isso também não é amor. “Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Coríntios 13,7). Muitas vezes, você acha que não ama o outro mais porque o sentimento se desgastou com o tempo, mas, na verdade, você a continua amando, porque o amor tudo suporta. Tenha certeza de que você pode suportar tudo. O amor acredita que o outro pode mudar, que pode melhorar, porque tudo crê e espera. Quem ama espera pela mudança, pela graça de Deus e sabe que tudo pode ser mudado pela oração e pelo amor.
Tudo isso é amor na sua superioridade. Não há coisa mais concreta do que o amar. “O amor tudo desculpa” (I Coríntios 13,7a). Desculpar quer dizer tirar a culpa. Isso não significa que você irá “tapar o sol com a peneira” se a pessoa estiver errada, simplesmente vai desculpá-la, porque não existem pessoas erradas, existem pessoas que cometem erros.
A grande resposta é esta ordem: ”Um mandamento novo eu vos dou: amai-vos uns aos outros. Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros” (João 13, 34-35). A partir disso, você vê que o mundo está como está, porque nós não amamos, assim como não assumimos o bastão que Jesus pôs em nossas mãos. A civilização do amor acontecerá somente quando pusermos esse sentimento nobre em prática em nossas vidas.
Que hoje o Senhor o abençoe e o transforme em um verdadeiro combatente do amor!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib