“Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!” (Mateus 13, 16). O Senhor acabou de declarar com isso que muitos olham, mas não vêem; muitos escutam, mas não ouvem. Há uma diferença entre escutar e ouvir. Então, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem. “Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram (Mateus, 13, 17).
Nós ainda não somos capazes de perceber a riqueza que Deus nos deu. Nós “nadamos” em graças, nós “nadamos” em milagres, assim como a criança está no ventre da mãe dentro daquele líquido, o líquido amniótico, que é alimentício. Aquele líquido não é simplesmente um líquido, ele é rico de alimentos e de substâncias necessárias à formação do bebê. Nós vivemos assim, nós “nadamos” nas maravilhas de Deus, igualzinho à criança que mexe que se remexe, nós nadamos nas riquezas de Deus, nos prodígios de Deus, nas maravilhas de Deus! E porque justamente nós “nadamos” nessas maravilhas, nós não somos capazes de perceber, porque para a criança é natural estar ali.
Mas, ao mesmo tempo, o Senhor quer que nós percebamos a pobreza, a indigência, até mesmo a miséria em que vive o nosso povo no campo espiritual, e também no campo psicológico. E daí todas as outras conseqüências… O Senhor nos quer ativos. O Senhor nos convida à ação em favor de todos os que sofrem. Pode ter alguém do seu lado sofrendo e você ainda não percebeu. Vamos pedir, hoje, a graça do olhar sobrenatural, para que consigamos ver com os olhos de Jesus todas as coisas.
Deus abençoe você.
Seu irmão,
Padre Jonas Abib