A difença entre artista e ministro da arte

Jesus precisa de artistas que façam da sua arte um ministério

A nossa música, na Renovação Carismática, foi marcada pela canção de Martin Valverde: “”Ninguém te ama como eu. Olhe para cruz, esta é a minha grande prova””. Deus nos mandou Valverde para nos trazer uma unção especial do Senhor.

Uma das coisas que o cantor nos deixou, nesta música, foi uma palavra profética. Eu já dizia: “Quando a mídia chegar para comprar o seu ministério, diga-lhe com firmeza: ‘Não está à venda!’. Seja qual for o valor, não se venda para uma gravadora, não seja tolo.”

Músico, o seu ministério não está à venda. Ou você vai vender Jesus por 30 moedas de prata? Se alguém quiser simplesmente ser artista, exibir-se, esse é o caminho. Contudo, se quiser exercer um ministério, converter-se por graça do Deus e assumir a musicalidade d’Ele por causa de Sua cruz, não se venda!

Apoiado naquilo que Martín Valverde disse, a mídia sabe como colocar em nosso ouvido as palavras que gostaríamos de ouvir, que o nosso homem velho gostaria de escutar. Ela nos promete sucesso, mas não nos dá a salvação. As gravadoras buscam o interesse deles e usam de métodos sujos para isso; não dá para acreditar neles.

Há muito tempo, eu via, em jornais e revistas, padres e bispos colocando suas opiniões, mas se opondo um com outro. Então, lembrei-me de São Paulo: “Por que você se coloca nesses tribunais pagãos para resolver as questões entre vocês? Não sabem que esses tribunais os colocam contra si mesmos? Vocês precisam recorrer aos tribunais cristãos para resolver as situações próprias a eles.

Eu fico imaginando São Paulo dizendo: “Será que vocês precisam recorrer a essas imprensas, que são contra a Igreja, contra o Papa e a vida? Vocês precisam dessa mídia que tem emporcalhado o mundo e derrubado a juventude, levando “camisinhas” até eles ou drogas?”. Jesus lhe pergunta: “Você precisa dessa mídia para fazer o meu sucesso? Se vocês estão recorrendo às mídias para fazer sucesso, eu a rejeito. O meu sucesso sempre será a cruz.”

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Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

:. Nós somos formados na oficina da vida
:. Quem decide o que fazer do barro é o artista

Com a experiência de todos esses anos, fui o primeiro a gravar as músicas da Renovação Católica. Alegro muito, hoje, por todos aqueles que também gravaram suas canções em Deus. Nesses anos todos, o que o Senhor mais quer de nós, por meio da música e das artes, é levar a salvação às pessoas. Que nós proclamemos, em todas as artes, o que essa música diz: “”Ninguém te ama como eu. Olhe para cruz, essa é a minha grande prova! Ninguém te ama como eu”.” Nós não somos artistas, somos ministros.

Ouça um trecho desta pregação e a adquira:

Somos chamados ao ministério por causa de um povo sedento, um rebanho sem pastor. Quando as ovelhas não têm pastor, elas logo ficam doentes. Mas nós somos ministros, e todas as nossas artes existem para um povo necessitado de Jesus. Pelo menos 100 milhões de brasileiros ainda não tiveram um encontro com o Senhor, ainda não se converteram.

Todas as vezes que nós praticamos uma arte, quando temos um público diante de nós, devemos levar Jesus a eles. Devemos levar a cruz para nosso público.

Uma arte, na qual você mesmo se apresenta, é “furada”. Toda arte é uma semente, e o artista é um semeador. O mais importante da arte é o artista plantar uma semente. Que sementes os artistas brasileiros estão semeando? Se eles não estão consciente, seus produtores estão. O que as novelas estão semeando? Por isso o Senhor separou os seus para serem ministros e não artistas, para serem batizadores, provocarem um reação para a conversão.

Antes de tudo, você é chamado a ser comunicador de Deus, um ministro d’Ele; mais do que isso, você é chamado a ser santo. Você precisa ser um consagrado, viver uma vida consagrada, porque a semente que temos de plantar é divina, é a semente do batismo no Espírito Santo.

Você não almeja somente ser artista, ser aplaudido e ter sucesso, mas quer ser santo, ser um consagrado a Deus. Jesus nos diz: “Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me!”. Gente, não é só sofrer, mas renunciar a todo o seu querer. Daí, realmente vamos viver um ministério consagrado a Deus. Precisamos ser fecundos, mas não podemos ser os “bonitões”. Se você cantar, dançar e fizer a sua arte bem, será ótimo!

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (cf. Gálatas 2,20)

Sou artista, mas, antes de sê-lo, eu sou um crucificado. Vivo, mas já não sou mais eu; canto, mas já não sou mais eu; danço, componho, desenho, atuo, mas não sou eu, é Cristo. Ele precisa de artistas que façam da sua arte um ministério.

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.

Ouça esta pregação: ‘Meu único direito de artista: a cruz’, de monsenhor Jonas Abib.

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