Algumas dicas para fazer uma boa confissão:
1) Para se confessar bem é necessário preparar-se com uma oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência a partir da última confissão bem feita. Isso significa confrontar-se com a Palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, os defeitos e as fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho;
2) Sentir dor e aversão aos pecados cometidos com o propósito de não mais incorrer nos mesmos erros;
3) Confessar ao sacerdote, “embaixador de Deus”, todos os pecados graves ou mortais, segundo a espécie e o número; é muito útil confessar-se com frequência, mesmo os pecados veniais, porque se recebe um dom da graça que dá força no caminho de imitação de Cristo;
4) Fazer tudo o que for possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso, perdoado o pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como forma de ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.
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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Essa reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados. Ela pode consistir em orações, mortificações e em obras de misericórdia.
Como fazer durante a confissão?
Depois de preparar-se para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarde pacientemente sua vez, invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e a graça de uma conversão radical. Aproximando-se do sacerdote, faça o sinal da cruz. O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confessionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).
Então, pode iniciar a confissão dizendo: “Abençoa-me, padre! Eu pequei.” Em seguida, diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido, desde a última confissão, seu modo de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado) e se cumpriu a penitência recebida na última confissão. Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual.
Segue-se, a partir daí, a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que, intensamente, pesam na consciência. São confessados, primeiro, os pecados graves ou mortais; segundo, sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade.
Para obter-se um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais. Em seguida, disponha-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta. O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula de absolvição.
Com minha bênção,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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