A adoração é o lugar privilegiado para o encontro com Deus. Nesta atitude de adorar o Senhor, reconhecemos interiormente o lugar exclusivo que Lhe pertence em nosso coração. Dirigimo-nos a Deus, reconhecemos a Sua majestade e grandeza e a nossa total dependência Dele como criaturas. É a atitude fundamental de cada cristão consciente do mistério que o envolve. Na adoração, eu me prostro diante de Deus, porque Deus é Deus. Não tenho a intenção de pedir-Lhe nada, quero estar com Ele, estar na Sua presença, unido ao Seu coração. Uno-me a Ele para agradar-Lhe e fazê-Lo feliz. Simplesmente me prostro diante de Deus porque Ele é meu Senhor e meu Criador. É o Deus da minha vida!
“No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram”. Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus; este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. Os discípulos, então, voltaram para casa” (Jo 20,1-10).
Maria Madalena e suas companheiras, logo de manhã, foram ao túmulo e encontraram-no aberto. Um anjo lhes disse que Jesus não estava ali, mas havia ressuscitado, e pediu a ela que comunicasse a Pedro e seus discípulos o que havia acontecido. Ela fez como lhe fora pedido. Porém, apesar de o anjo ter anunciado que Jesus já havia ressuscitado, Maria Madalena continuou chorosa; assim como os apóstolos, ela também não entendeu e ficou ali procurando o corpo do Senhor.
Enquanto procurava, encontrou um homem, que ela pensou ser o jardineiro, e começou a questioná-lo e a quase brigar com ele, pois Maria possuía um temperamento muito forte. Ela vivera muitos anos na fortaleza de Mágdala. Desde que encontrou Jesus, sua vida se transformou. Ela começou a ser Sua discípula e nunca mais O abandonou. Aceitou a escolha de Jesus e viveu intensamente sua fidelidade a Ele.
Quando Jesus foi traído, julgado e levado ao tribunal de Pilatos, todos os Seus apóstolos fugiram, mas Maria Madalena estava lá, em todos os momentos, servindo e adorando o seu Senhor. Quando Jesus foi condenado e levado pelas ruelas de Jerusalém, quem conseguiu levar Sua Mãe, Maria, e João até Ele foi Maria Madalena. Ela sabia como enfrentar os soldados, por isso, conseguiu ir e levá-los até o alto do calvário.
Ela não abandonou Jesus. Pedro e os demais apóstolos O abandonaram. Depois, Maria Madalena ajudou a levar o corpo de Jesus até o túmulo. E foi justamente para ela que Jesus se apresentou ressuscitado pela primeira vez. Maria Madalena estava discutindo com aquele que pensava ser o jardineiro, querendo saber onde ele havia colocado o corpo do seu Mestre. Jesus a chama com uma entonação de voz que somente Ele era capaz de dar: “Maria!” Foi quando ela O reconheceu.
Jesus escolheu os pecadores, os de vida errada, para segui-Lo e adorá-Lo, fazendo-os participantes da Sua vida e anunciadores da vitória de Cristo. É Maria Madalena que depois sai a proclamar para todos o que tinha visto: Jesus estava vivo e ressuscitado.
Maria Madalena é um exemplo como adoradora. Toda sua vida foi em função do Senhor. Nada que ela fazia tinha outro objetivo a não ser o de adorá-Lo em todas as suas atitudes: tudo o que fazia era adoração ao Senhor. Quem a impulsionava era Jesus. Com esse relacionamento, ela alcançou a santidade. Mesmo após a morte de Cristo, Maria Madalena continuou dirigindo tudo ao Senhor.
Deus abençoe!
Seu irmão, monsenhor Jonas Abib.
Trecho extraído do livro do Monsenhor Jonas Abib : “Agora meus olhos Te viram!”