“Por que a imagem de São José se apresenta como um palma na mão? É a palma da vitória, da pureza dele, assim como os heróis que voltavam da batalha empunhando palmas nas mãos como sinal da vitória, é isso que acontece com esse grande santo.
A Virgem Maria foi preservada do pecado original, mas José não; ela foi concebida sem o pecado original, não tinha concupiscências; São José, não, ele teve o pecado original e poderia dizer que era pecador como nós, tinha a concupiscência, que nós temos, a concupiscência da carne, dos olhos… Ele tinha a soberba da vida como diz São João, a concupiscência o [José] afogueava, ele tinha todas as paixões humanas devido ao pecado original, mas ele não pecou, ele lutou e se decidiu justamente quando o anjo lhe falou e ele entendeu o mistério que aconteceria com Maria, o mistério que era aquele Menino que nasceria. Ele se decidiu e lutou, não foi fácil para ele, não. Por isso ele tem uma palma, uma palma de vitória, ele foi o primeiro de uma multidão, pois é ele quem abre o Novo Testamento, como os heróis que têm a palma da mão.
E nós todos estamos atrás dele para dizer a verdade, Pedro, João, Tiago, Mateus também vêm atrás dele; depois vem Paulo, mais tarde, Agostinho… Todos eles vêm atrás dele, depois vêm Francisco de Assis, João Bosco… e mais recentemente, vem João Paulo II. Eu e você viemos atrás dele, e o bonito: um trazendo o outro, mas nunca alguém vem sozinho, sempre vamos puxando o outro. José na frente, ele foi o primeiro, pecador como eu e como você, sentindo no seu corpo a concupiscência, sentindo a paixão em si mesmo, mas foi o primeiro a lutar, a resistir: “por hoje não vou pecar”, e por isso, ele tem a palma da vitória que eu e você precisamos ter também.”
Trecho da palestra Combatente como José de monsenhor Jonas Abib de 2/05/98.