Vinda Gloriosa

 O Senhor quer que vivamos em expectativa

São Paulo diz aos cristãos daquele tempo: “Eis o que temos a vos dizer, de acordo com a palavra do Senhor: nós, os vivos, os que ficarmos em vida até a vinda do Senhor, não passaremos à frente dos que tiverem morrido” (1Ts 4,15). O Senhor quer que vivamos nessa expectativa. Ele suscita em nossos corações o desejo de ver a sua vinda gloriosa. A palavra de Deus continua: “Pois o Senhor mesmo, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do céu” (1Ts 4,16). 

O Catecismo da Igreja ensina: 

Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já estamos na “última hora” (1Jo 2,18). “Portanto, a era final do mundo já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra. Pois já na terra a Igreja se reveste de verdadeira santidade, embora imperfeita”. O Reino de Cristo já manifesta sua presença pelos sinais milagrosos que acompanham seu anúncio pela Igreja (CIC, 670).

Jesus subiu ao Céu e voltará à Terra do mesmo modo que O viram subir. Deus revelou isso por meio da Sua palavra, não há como duvidar; pelo contrário, temos de nos abrir aos sinais. Foi justamente isso que os anjos disseram logo depois que o Senhor foi arrebatado ao céu: 

Depois de dizer isso, Jesus foi elevado, à vista deles, e uma nuvem o retirou aos seus olhos. Continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apresentaram-se a eles então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que, do meio de vós, foi elevado ao céu, virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu” (At 1,9-11).

Foto: Imagem ilustrativa/ Arquivo CN

 A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente, embora não nos “caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com Sua própria autoridade” (At 1,7). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam “retidos” tanto ele como a provação final que há de precedê-lo (CIC, 673). 

O Senhor tem suscitado no coração dos simples a expectativa da Sua vinda, e o Seu Reino será implantado definitivamente. São os corações simples que percebem os sinais dos tempos. Sempre foi assim na história da Igreja. É o povo simples que se abre aos sinais de Deus. A sabedoria divina se manifesta aos pobres: no Antigo Testamento eram os “pobres de Javé”; no Novo Testamento, os “pobres de coração”. 

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib 

Trecho extraído do livro “Céus novos e uma terra nova” do monsenhor Jonas Abib

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