Como nos ensina a Palavra de Deus e a canção a proclama de forma tão bela: “O caminho é Jesus, a verdade é Jesus e a vida é Jesus”.
Nós, que já encontramos esta verdade, temos um compromisso. Essa descoberta foi pura graça para nós, portanto, pesa sobre nós uma hipoteca, uma obrigação de usar tudo isso que recebemos, para que se multiplique a possibilidade de outros também encontrarem o caminho, a verdade e a vida. Não somos em nada melhor do que as pessoas que ainda não fizeram tal descoberta, apenas tivemos a graça de conhecer que o caminho, a verdade e a vida é Jesus.
Não adianta dizer: você não deve beber, você não deve se drogar, você não deve se prostituir… isso não vai adiantar. Na verdade, todos os que estão atrás dessas dependências, o estão por carência de algo. O apóstolo João definiu a Deus como amor. Deus é amor e amor é Deus, mas nós precisamos purificar este sentimento, tirar todas as impurezas que o mundo foi lhe impondo. As pessoas têm carência de Deus, do amor autêntico. Mas, não compramos esse sentimento em lojas, precisamos tirá-lo de nós mesmos.
E justamente quando as coisas não vão bem, quando não se tem dinheiro, saúde, paz…é que devemos dar mais amor às pessoas que estão passando por algumas dessas dificuldades. Contudo, quando as coisas vão bem em casa, rapidamente amamos; mas quando não vão bem, o amor vai ficando desgastado, e se torna muito difícil amar nesses momentos. Entretanto, pesa sobre nós a hipoteca de tirar amor de dentro de nós para dar ao outro, mesmo quando já estamos um “bagaço”, pois ainda existe amor para dar. Estou falando de dar amor e não de receber amor. É preciso dar amor aos filhos quando está tudo bem, mas também quando eles estão revoltados, perdidos, nas drogas. É preciso continuar lhes dando amor para que se salvem.
São João Bosco dizia que não basta que os jovens saibam que são amados, eles precisam tocar nessa realidade. Os jovens da sua cidade, que vivem no “point”, muitas vezes estão lá na verdade procurando amor. Quanta gente fazendo as piores coisas, roubando, drogando-se, prostituindo-se, porque não teve família ou não sentiu amor nem foi amada. A maioria dos pais ama muito os filhos, mas por trabalhar e se preocupar muito com eles nem sempre tem tempo de distribuir e manifestar este amor.
Precisamos ser amadores profissionais. O primeiro sentido da palavra amador é ser que aquele que ama. Queiramos ser profissionais em amar, por mais duro que isso seja.
“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (São João 3,16).
Quando São João fala de mundo, aqui, não fala da terra em si, mas das pessoas. Deus nos amou tanto, que mesmo quando estamos nas drogas, na prostituição, na corrupção, Ele continua nos amando, e por isso nos deu o seu Filho único, para que todo o que nEle crer não pereça, para que todos sejam salvos.
seu irmão,
Padre Jonas Abib