O homem moderno está muito ferido, dilacerado até, pois, há muito tempo está vivendo a divisão do divino e do humano em si. Sendo privado de algo que lhe é essencial, que é ser divino, pois Deus o criou para as coisas do Alto! Isso trouxe a ele uma marca acentuada e um enfraquecimento profundo. Além disso, a vida e o mundo o machucaram, por isso, é um homem, além de ferido, amarrado, preso, cheio de medos, inseguranças e vícios.
É aí que a evangelização entra num processo longo, difícil e sofrido. É a fase da restauração do homem filho de Deus. A ação do Espírito Santo nessa fase é fundamental. Mas, como nas outras ações, ela não se faz sem a cooperação humana, pois Deus quis precisar de nós.
O processo é duplo. O filho de Deus, que está nele em embrião, deve vir à tona. Para isso, ele necessita de um ambiente adequado e de muito “alimento espiritual”, e muitas vezes, psicológico. Ele deve ser ajudado no processo de cura e libertação, para que seja liberto de todos esses males que há nele. É o cumprimento da promessa de salvação de Jesus à pessoa na situação concreta em que está. É toda uma ação libertadora que se vai realizando. É um processo duplo e interligado. Para que a cura-salvação aconteça é necessário que o homem novo aflore, seja assumido, amado, respeitado e acompanhado.
É imprescindível que a cura se dê por meio da oração de cura e libertação. A confissão, a participação na santa Missa, a adoração Eucarística, assim como a leitura da Palavra de Deus e de obras sobre o assunto [cura e libertação], sempre que possível, também vão ajudar muito nesse processo. Processo este que é longo, duro e sofrido, e só vai ter êxito quem não desistir. Nós acreditamos e investimos nele, pois o vivemos em nós primeiro para que depois aqueles que Deus colocou sob os nossos cuidados, em nossa missão, atinjam esta mesma cura e a conseqüente plenitude de “homens novos” de acordo com a imagem que o Senhor os criou.
seu irmão,
Padre Jonas Abib