Nossa história é a mesma do filho pródigo. E Jesus contou essa parábola tão linda, porque os chefes de Israel comentavam de maneira escandalizada e apontavam o dedo para Ele dizendo: “Este homem acolhe os pecadores. Esse que realiza milagres e prodígios acolhe pecadores e faz refeição com eles”.
Um judeu nunca comia com um inimigo ou ia à casa de pecadores e comia com eles. Por isso, eles se questionavam: “Como esse homem pode ser bom se acolhe pecadores e faz refeição com eles?”
Nós podemos dizer que é exatamente o contrário, ou seja, é justamente porque o Senhor acolhe os pecadores e faz refeição com eles, pregando que é bom fazer isso e operando maravilhas, que Ele nos revela ser uma Pessoa boa. Acolher os pecadores é muito mais que qualquer cura que Ele fez e faz.
Acolher a pessoa na situação em que ela estiver e buscar ser íntimo dela é a maior maravilha que Jesus faz. Quando Ele mostra, na essência, a Sua misericórdia e acolhe os pecadores, tornando-se íntimo deles, Ele opera a maior maravilha. Como filhos de Deus temos de fazer o mesmo, pois temos muitos pequeninos em nossos tempos. Muitos necessitados a nosso redor. Então, mais do que nunca, somos chamados a viver concretamente o amor por eles. Jesus nos fala de dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, de vestir aquele que não tem roupa, de socorrer o que está doente, de visitar aquele que está na cadeia, de dar amparo ao peregrino, e até mesmo de acolhê-lo em nossa casa, se for necessário. É a isso que Jesus está se referindo ao falar dos pequeninos.
Muitos de nós temos recebido a graça de uma renovação espiritual. Somos despertados para a oração, para a Palavra de Deus, para a pregação do Evangelho. Contudo, você não pode viver se escondendo atrás desta ou daquela espiritualidade e não fazer nada de concreto, aquilo que é a vontade de Deus, pelo seu irmão. Isso é amar ao próximo como a si mesmo. Isso é viver a caridade concretamente!
Peçamos essa graça ao Senhor!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib