“Ave cheia de graça, bem aventurada, bendita!” Foi assim que o anjo chamou Maria, chamou-a pelo nome. Em Gênesis, Deus falou à serpente que colocaria inimizade entre ela e a Mulher, entre a descendência da serpente e a da Mulher. O anjo lhe disse que para Deus nada era impossível e Maria deu o seu sim. Ela ainda era uma menina, imaculada, pura e por isso pôde dizer “eis aqui a escrava do Senhor”. Como isso aconteceu já que era tão pequena? Porque para Deus nada é impossível. O Senhor faz as grandes coisas por intermédio dos pequenos. É nestes e nos humildes que Ele manifesta a glória dEle.
“O que agrada a Deus em minha pequena alma, é que eu ame a minha pequenez e minha pobreza. É a esperança cega que tenho em Sua misericórdia”.
Para os orgulhosos, é difícil acolher sua pequenez e assumir que são pequenos. Por isso, assuma-se e ame-se. O que agrada a Deus, o que dá liberdade para Ele agir é primeiro: sermos pequenos, pobres e humildes; segundo: aceitarmos e assumirmos que somos pequenos. Maria nunca quis ser grande, por isso o Senhor olhou para Ela.
Meus irmãos, é assim que nascem os grandes santos. Quem era João XXIII? Ele só queria ser um pároco da Igreja, viver uma vida de simplicidade, pois sabia que era pequeno. Mas Deus pôs seus olhos nele. Ele foi eleito Papa e como Maria deu o seu sim. Que maravilha Deus fez por meio dele, que foi chamado de o “Papa bom”, porque sabia que era pequeno e também sabia que essa escolha era inspiração de Deus.
O Senhor pode fazer coisas grandiosas nas pessoas que assumem seu nada.
E digo aos meus filhos de comunidade: O segredo, meus filhos, é assumir sua pequenez. Se nós tivéssemos amado ainda mais nosso ‘nada’, Deus teria feito ainda muito mais, mas mesmo assim o Senhor fez em nós maravilhas. É por isso que a Canção Nova existe.
Para Deus nada é impossível, e o segredo está nisto: Em qualquer coisa da Igreja, é necessário aceitar e assumir a nossa pequenez e pobreza. Louvemos a Deus que faz o impossível naqueles que reconhecem a sua pequenez.
seu irmão,
Padre Jonas Abib