O que Deus quer é que você se coloque no lugar de João Evangelista. Jesus quer que você acredite n’Ele ardorosamente como ele [João] o fez, para que você se torne também um discípulo amado. Não é simplesmente um amor afetivo, pois, muitas vezes, estamos na dor, mas continuamos seguindo o Senhor.
Em sua primeira carta, São João nos mostra que aquele que verdadeiramente ama é quem cumpre os mandamentos de Deus. Ele diz que quem diz que ama e conhece a Deus, mas não cumpre Seus mandamentos e não ama seu irmão, é um mentiroso. Mas, diferentemente, aquele que verdadeiramente cumpre os mandamentos divinos, esse sim O ama verdadeiramente (cf. I João 4, 7-21).
Hoje, o Senhor está nos dando a graça de sermos como o discípulo que O ama. Mesmo que você não sinta emoção, afeto, o verdadeiro amor é cumprir os mandamentos divinos vivendo como Jesus Cristo. Porque esse apóstolo acreditou e amou, foi o único que seguiu Jesus até a cruz acompanhando a Virgem Maria. Nem mesmo nos momentos terríveis pelos quais Cristo passou, ele deixou de amá-Lo; ao contrário, amou-O mais ainda. Podemos dizer que o discípulo sofreu tudo com o Mestre.
Quando Maria Madalena diz aos apóstolos que Jesus havia ressuscitado, estes não acreditam, mas ele [João] é o primeiro a acreditar, pois se recordou das Palavras do Senhor. O evangelista segue para o túmulo e Pedro vai atrás. Este entra no sepulcro e João vai em seguida. Ele vê e é o primeiro a acreditar na Paixão e na Ressurreição de Cristo.
Tudo aquilo que está no Apocalipse vai sendo revelado a João, por isso, ele já nos deixa em sua primeira carta: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus, sermos filhos de Deus. E nós o somos de fato. Se o mundo não nos conheceu é porque também não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer manifestou-se ainda o que seremos. Sabemos que quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele porque o veremos tal qual Ele é” (I João 3,1-2).
Rezemos, clamando para que o Senhor aumente nosso amor por Ele e nossa fé: Que realmente, Senhor, eu seja um outro João, acreditando, amando e, por isso, acompanhando-O, sendo arrebatado e participando da Sua glória por toda a eternidade.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib