Gosto de comparar a adoração ao Santíssimo Sacramento com uma pessoa que se machuca, tem luxações; o médico pede para, durante um tempo, essa pessoa tomar banhos de luz. Durante um tempo, a parte machucada e inchada fica exposta à luz. A pessoa não sente nada, mas os raios penetram e realizam, com eficácia, seu trabalho de restauração. Basta ver as cirurgias que são feitas com raio laser.
Deus não é uma energia, mas é preciso ficar exposto diante d’Ele para que, pelo Seu poder, Ele nos transforme por inteiro
Há muitas pessoas que chegam até mim com doenças humanamente impossíveis de serem curadas e até desenganadas pelos médicos. Eu tenho dito a elas que comunguem diariamente e façam, todos os dias, a adoração ao Santíssimo Sacramento, porque esses raios divinos, muito mais que o laser, penetram e mudam as pessoas na saúde, na alma, no seu temperamento e no seu passado ruim, pois carregam coisas erradas, que pesam sobre elas.
Tenha paciência com você mesmo e com a ação de Deus, porque ninguém muda de uma hora para outra. Caminhe corajosamente no longo e doloroso processo de corresponder ativamente à ação do Espírito Santo que trabalha em nós. Deixe-se curar e transformar. Colabore com Ele, para que se faça em nós a nova criatura: o homem e a mulher de Deus.
É um processo longo, duro e sofrido, mas precisamos acreditar nele. Nós o vivemos na Canção Nova e investimos o melhor de nós mesmos para que todos atinjam essa transformação radical e a consequente plenitude de Homem Novo à imagem de Jesus Cristo. Por um lado, é dar condições e alimento para que o Filho de Deus se manifeste, aflore e cresça naquele que passou pelo novo nascimento; é um processo de crescimento, requer ambiente e alimento. Por outro lado, é ajudar no processo de cura e libertação do homem ferido, amarrado, preso, bloqueado. É a aplicação da salvação de Jesus à pessoa na situação concreta em que ela está. É toda uma ação libertadora que se vai fazendo.
Deus o abençoe!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Trecho extraído do livro “Agora meus olhos Te viram!” do monsenhor Jonas Abib