O mundo é tão árido e a guerra espiritual que enfrentamos diariamente é tão dura, que se não tivermos, ao menos uma vez por semana, a graça de poder mergulhar no Espírito Santo com os irmãos, orando com eles livremente na linguagem dos anjos, louvando e cantando juntos, fatalmente vamos viver como quem vive no deserto.
Nossos grupos de oração precisam ser quentes, não barulhentos. Precisam ser cheios da presença de Deus, do Espírito Santo, plenos de oração. Precisam ser lugares onde realmente ajudemos uns aos outros e nos animemos com o canto, com a música, com o louvor, com a oração espontânea, com gestos. Alguém conduzindo e ajudando, cheio de louvor, cheio de alegria, cheio da Palavra de Deus, de maneira que possamos ter, a cada semana, um grupo sobre o qual o Espírito Santo se derrame!
O grupo de oração precisa ser leve, espontâneo. Há pessoas que o conduzem, porque é preciso condução; mas essas pessoas devem ser dóceis, não autosuficientes nem orgulhosas. Nunca se deve dizer: A oração de cura sou eu quem vai fazer; ou então: Quem vai conduzir a intercessão sou eu. Não, não deve ser assim!
Vamos supor que, em determinado dia, uma pessoa esteja encarregada de conduzir a oração de cura, mas o Senhor começa a trazer curas antes, por intermédio de outra pessoa no grupo. Se você não precisar proclamar nesse dia cura nenhuma, nem dirigir a oração, dê glória a Deus! É preciso acabar com os vícios de posse e de posição, com pensamentos deste tipo: Esse lugar no grupo de oração é meu! ou Sou eu que vou fazer e mais ninguém. O (a) coordenador (a) não é o dono do grupo! Ele (ela) é a pessoa que está vendo a ação do Espírito Santo, pois quem sopra no grupo é o Paráclito. Por isso, deixe que Ele conduza, sopre e faça a limpeza e tudo o que for necessário inspiradamente.
De modo que quem coordena um grupo de oração deve ser alguém de discernimento e dócil à condução do Espírito Santo. Não deve ser alguém que queira ter rédeas curtas segurando tudo nas mãos. O Divino Amigo anda depressa; se você segurá-las [rédeas], irá deter a ação d’Ele. Pois é fundamental que nossos grupos de oração sejam locais de derramamento do Espírito Santo Paráclito, porque precisamos de mais força do Alto, pois a vida nos deixa secos e duros; o próprio cotidiano nos desgasta.
Clamemos o dia todo: Vem, Espírito Santo! Vem, Espírito Santo!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib