“Em verdade, em verdade vos digo: ‘Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia’. Pois minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue é a verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele” ( Jo 6,53-56).
Jesus escolheu a forma de alimento porque assim Ele se faz um conosco. O corpo e sangue que recebemos na Eucaristia já é o corpo ressuscitado de Jesus. Para nós é invisível, nossos sentidos não captam, mas Jesus está ali. Porém, o mais importante é que, de tanto nos alimentarmos do corpo ressuscitado de Jesus, nosso corpo vai ficando impregnado de ressurreição. É isto que Jesus nos fala: quando Ele vier no último dia, se estivermos mortos e sepultados, nossa carne irá ressuscitar. Isso acontecerá porque nos alimentamos de ressurreição durante a nossa vida. Em seu pontificado, o Papa João Paulo II proclamou um ano eucarístico com o tema: “Eucaristia: fonte e cume da missão da Igreja”. Embora o corpo do Papa estivesse bem enfraquecido, o que o mantinha firme era a Eucaristia. Além de celebrar com muita fé, ele tomava verdadeiros banhos de Eucaristia adorando Jesus no Santíssimo Sacramento. Em sua homilia, no dia 29 de abril de 2004, nos diz:
Para viver da Eucaristia é necessário também consumir tempo em adoração diante do Santíssimo Sacramento, experiência que eu mesmo faço todos os dias tirando daí força, consolação e sustento. O pão e o vinho, fruto do trabalho do homem, transformados pela força do Espírito Santo no corpo e no sangue de Cristo, tornam-se o penhor de “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21,1), que a Igreja anuncia na sua missão quotidiana. No Cristo, que adoramos presente no mistério eucarístico, o Pai disse a palavra definitiva sobre o homem e sobre a sua história.
Aí está a força da minha e da sua ressurreição. Nós realmente almejamos por vida e ressurreição. Nós almejamos porque o nosso ser mais profundo aspira à vida eterna, não só a uma vida que não acabe, mas a uma vida de perfeição e plenitude da perfeição. Todos almejam essa vida, essa felicidade, essa alegria e esse amor. Jesus, no mistério da fé, que é a Eucaristia, vem responder a essa nossa fome e sede.
Deus o abençoe!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Trecho extraído do livro “Agora meus olhos Te viram!” do monsenhor Jonas Abib