Deus Pai está pedindo a nossa vida. O primeiro chamado é dar a vida pelos irmãos. Dar a vida significa gastá-la: ir até o fim sem medo. Não podemos ter medo! Muitos são chamados a dar a vida no matrimônio. Também no casamento é preciso dar sangue e gastar até o fim. Muitos casais acabam se divorciando por não entenderem a vocação de dar a vida, de se gastar até o fim. Acabam buscando sua própria felicidade, seu bem-estar, sua realização pessoal e não estão nada dispostos a dar a vida pelo outro.
Minha maneira de “gastar a vida” é ser o que sou: ser padre para Deus, para o povo e, assim, me consumir como uma vela, como o meu pai Dom Bosco, que morreu não de doença, mas porque gastou todas as suas energias. É assim que eu sou chamado a viver minha primeira vocação: dar a vida. Você também, seja qual for a sua vocação, seja qual for o seu estado de vida, o primeiro chamado para todos nós é dar a vida. É gastar-se como uma vela:
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida por aqueles que ama” (Jo 15,13).
Em 1981, quando abriram o túmulo de Santo Antônio, os franciscanos se perguntavam do que ele teria morrido, pois esse grande santo da Igreja morreu com apenas 36 anos. Através de um exame feito nos seus ossos, constataram que ele, assim como Dom Bosco, não morreu de doença alguma. Ele gastou totalmente as suas energias. Antônio não somente tinha calos nos joelhos. Seus ossos mostram que ele tinha calos nos ossos do joelho.
Onde você anda investindo a sua vida? Não há dúvida: Deus nos dá grandes alegrias quando “gastamos” nossa vida nEle. Quando nos gastamos na nossa primeira vocação: o amor.
(Trecho do livro de monsenhor Jonas Abib