Quando perdoamos, não estamos fazendo papel de bobo, não estamos compactuando com o erro dos outros. Ao contrário: perdoar é algo muito concreto. Sei que a pessoa errou comigo, experimento a injustiça que foi feita comigo, sei o quanto isso me feriu e como doeu, mas, apesar de tudo, de olhos abertos para a realidade, eu perdoo.
É como quando se perdoa uma dívida. Você sabe que a dívida existe, que determinada pessoa deve para você tal quantia; você não é cego, sabe de tudo. Mas, de olhos abertos para a realidade, você perdoa aquela dívida. Perdoar é algo nobre, portanto, não se prenda a coisas mínimas, mas salve sua vida. Procure vencer o seu orgulho e perdoe a todos por tudo sempre.
O perdão faz crescer o amor entre as pessoas, e todo o corpo de Cristo, que é a Igreja, se beneficia com essa ação.
Muitas vezes, não recebemos as bênçãos do Céu em decorrência de não perdoarmos. Deus quer nos abençoar, mas, se estivermos fechados ao perdão, a graça não acontecerá.
O nosso coração precisa estar aberto ao perdão, para que a graça de Deus seja abundante em nossa vida. A receita certa para nos levar ao Céu é abrir as portas do coração para o perdão.
Façamos a oração de São Francisco, pedindo a Deus a graça de perdoar sempre:
Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
Consolar que ser consolado.
Compreender que ser compreendido.
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
Perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna!
(São Francisco de Assis)
Deus abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Trecho extraído do livro: “Combatentes no Perdão”, de monsenhor Jonas Abib