Não podemos ser pessoas fracas, que ficam fugindo do sofrimento
Quando era criança, lembro-me de ter visto meu pai fazer vários cortes no tronco de uma árvore e dela escorrer um líquido. Durante toda a noite, esse líquido gotejou a ponto de deixar molhada a terra em volta . Não entendi nada naquele momento, achei que ele a estava machucando.
Perguntei-lhe o porquê de tudo aquilo e ele me disse: “Espera que vou mostrar para você”.
Naquele ano, a árvore deu muitos frutos, então, ele levou-me até ela, mostrou-me o tronco e disse: “Está vendo quantos frutos? Foi por isso que eu cortei a árvore. Se eu não tivesse machucado o tronco dela, ela não teria dado todos esses frutos”.
Da mesma forma, nós também não entendemos muitos acontecimentos que nos ferem. Por essa razão, caímos na tristeza, murmuramos, ficamos magoados e, muitas vezes, revoltados. No entanto, se olharmos por esse prisma, constataremos o quanto amadurecemos com os sofrimentos. São incalculáveis os frutos que surgem depois da tribulação!
Feliz de você que chora como “chorava” aquela árvore, pelos problemas e dificuldades que enfrenta. Deus não se alegra com o sofrimento, mas sim com a consequência dele na nossa vida. O Senhor vê além e se alegra, porque tem certeza dos frutos.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova