Há alguns anos, uma pessoa chegou até mim e disse: O senhor se lembra de mim? Sim, reconheci-a, mas ela tinha algo de diferente, que não consegui lembrar naquele momento. E ela logo acrescentou: Estou enxergando! Então me recordei de tudo. Eu havia rezado por ela havia certo tempo. Ela não enxergava! Diante das perguntas que lhe havia feito, ela contou que antes enxergava; mas, a partir de certo tempo, começou a não mais enxergar. Aquilo me intrigou. Perguntei mais e ela me disse que o oftalmologista, que havia examinado seus olhos e acompanhado o seu caso, percebeu que os seus olhos não reagiam e que todos os testes demonstravam que ela não enxergava mesmo… Mas ao mesmo tempo, o médico não encontrava uma causa para que isso ocorresse.
Foi ótimo, porque isso confirmava a palavra de ciência, que insistia em meu interior, enquanto rezava por ela. Não se tratava de uma doença física, mas diante dos problemas enfrentados, ela como que se negava a ver e a enfrentar a realidade; negando-se a abrir-se para se relacionar com as pessoas. Por isso, o seu psiquismo a impedia de enxergar. Na verdade, ela não estava vendo. Não era ilusão nem mentira. Não enxergava de verdade, mas a doença era psicossomática.
É claro, ela precisava de cura. E certamente de uma cura mais difícil do que se fosse uma simples doença física. Ela precisava de muita cura interior; de muita libertação. Foi por isso que rezei por ela. E, naquele momento, graças a Deus, ali estava aquela pessoa, com um sorriso lindo, dizendo: Estou enxergando! Fiquei contente e me emocionei muito. Vi a resposta concreta à oração. Ela enxergava com alguma dificuldade ainda… Precisava de mais cura interior. Mas, graças a Deus, já estava enxergando. A cura já estava em andamento. Isso me faz lembrar de muitos que têm olhos, mas não veem. Estão cegos para o mundo espiritual… embora tenham olhos que veem e ouvidos que ouvem. Precisam urgentemente de cura. Precisam de muita libertação.
Essas pessoas não estão longe. Elas estão, talvez, dentro da sua própria casa. Talvez, eu esteja falando com uma delas… Isso me faz lembrar do que Jesus anunciou na Sinagoga: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor ( Lucas 4,18-19).
Deixe-me dizer-lhe: a Canção Nova existe para isso! Para ser instrumento de Deus, para abrir os olhos aos cegos. Deus nos constituiu para isso; nos deu todos esses meios, principalmente uma televisão, que evangeliza 24 horas por dia sem parar, para realizar esta cura e libertação tão necessária e urgente: abrir os olhos aos cegos! Cegos que têm olhos; que podem ver, mas perderam a visão de Deus e do mundo espiritual. Repito: eles não estão longe; não são estranhos. Eles, talvez, sejam da sua família; de dentro de sua casa. É preciso que façamos uma aliança. Você nos ajuda a sustentar esta obra de Deus; instrumento que Ele mesmo escolheu para abrir os olhos aos cegos! E nós ajudamos você levando Jesus e o Seu Evangelho vivo para dentro de sua casa: Ele e somente Ele é capaz de abrir os olhos aos cegos!
É um exemplo maravilhoso para nós que temos olhos e vemos, que lemos e escrevemos e precisamos ter olhos para ver. Também nisso o Senhor constituiu a Canção Nova para abrir os olhos aos cegos! Deus nos abençoe nesta parceria.
Por tudo isso você precisa de nós e nós precisamos de você!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib