José do Egito, vendido por seus irmãos e feito escravo, enfrentou o assédio da esposa de Putifar que, vendo sua sabedoria e beleza, tentou seduzi-lo (cf. Gênesis 39, 6-20). Todavia, no momento em que ela o agarrou, José largou o mato nas mãos dela e fugiu. Perversa, a mulher mostrou aquele manto a seu marido, afirmando que o jovem rapaz é que havia tentado violentá-la.
José não teve como provar sua inocência. Era a sua palavra contra a palavra da sua patroa. Foi preso. No cárcere, conheceu dois servos do faraó, que lhe narraram seus sonhos, para que ele os interpretasse. Um deles tornou-se seu amigo. Passado um tempo, José foi chamado para interpretar o sonho do faraó (cf. Gênesis 41, 25-36). Diante da sabedoria do jovem ao lhe revelar o sonho, o poderoso rei egípcio o constituiu seu primeiro-ministro (cf. Gênesis 41, 37-57). José guardou o alimento em celeiros e assim salvou o Egito da fome. Chegada a carestia eles possuíam celeiros abarrotados de alimento, tanto para os egípcios como para os de fora.
Sem imaginar que José estivesse nesse país [Egito], seus irmãos saíram de sua terra e para lá se dirigiram a fim de buscar alimento. Embora os tivesse reconhecido, José não os castigou pelo que lhe fizeram no passado; ao contrário, trouxe-os para morar lá também, perdoou-lhes e foi canal da graça e salvação para toda a sua família.
Preste atenção nos fatos: se José tivesse cedido aos caprichos da esposa de Putifar, provavelmente, este jamais saberia e o jovem não teria sido preso. Mas, porque ele foi firme e resistiu, a grande guinada de sua vida aconteceu. Embora passasse por dolorosa prisão, ele não apenas se salvou, mas foi salvação para o país onde havia se tornado escravo, assim como o foi para seus irmãos que o traíram.
Os planos de Deus para Seus filhos são perfeitos, grandiosos. Embora cheios de obstáculos que exigem muitos sacrifícios e dores, ousemos realizar o plano do Todo-poderoso para nós, desprezando os atalhos e os descaminhos, porque é a única maneira de levarmos uns aos outros para o céu.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib