A essência do jejum é a disciplina
Todos podem fazer jejum, sejam idosos ou estejam cansados ou doentes; sejam gestantes, mães que amamentam, jovens ou adultos. Todos podem jejuar sem que isso lhes faça mal; pelo contrário, faça-lhes bem.
Muitas pessoas não jejuam porque não o sabem fazer. Imaginam que jejuar seja uma coisa muito difícil e dolorosa, que elas não conseguirão fazer.
Existem várias modalidades de jejum (jejum da Igreja, jejum a pão e água, jejum à base de líquidos, jejum completo). Vou apresentar-lhes o jejum da Igreja: assim é chamado o tipo de jejum prescrito para toda a Igreja e, por isso, é extremamente simples, podendo ser feito por qualquer pessoa.
Alguém poderia pensar que esse seja um jejum relaxado ou que nem seja realmente jejum, porque é muito fácil, mas não é bem assim.
Esse modo de jejuar vem da Tradição da Igreja e pode ser praticado por todos, sem exceção, sendo esse o motivo pelo qual é prescrito a toda a Igreja.
O básico desse tipo de jejum é que você tome café da manhã normalmente e, depois, faça apenas uma refeição. Você escolhe essa refeição — almoço ou jantar —, a depender dos seus hábitos, de sua saúde e de seu trabalho. A outra refeição, aquela que você não vai fazer, será substituída por um lanche simples, de acordo com as suas necessidades. Dessa maneira, por exemplo, se você escolher o almoço para fazer a refeição completa, no jantar faça um lanche que lhe dê condições de passar o resto da noite sem fome.
O conceito de jejum não exige que você passe fome. Em suas aparições em Medjugorje, a própria Nossa Senhora o repetiu várias vezes. Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer.
O importante, e aí está a essência do jejum, é a disciplina, é você não comer nada além dessas três refeições. O que interessa é cortar de vez o hábito de “beliscar”, de abrir a geladeira, várias vezes ao dia, para comer “uma coisinha”.
Evitar completamente, nesse dia, balas, doces, chocolates e biscoitos. Deixar de lado os refrigerantes, as bebidas e os cafezinhos. Para quem é indisciplinado — e muitos de nós o somos —, isso é jejum, e dos “bravos”! Nesse tipo de jejum, não se passa fome, mas como a gente se disciplina! Como refreia a gula! Essa é a finalidade do jejum.
Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de jejum, mesmo os doentes, porque água e remédios não quebram o jejum. E, se for necessário leite para tomar os medicamentos, o jejum também não é quebrado, pois a disciplina fica mantida. Para o doente e para o idoso, disciplina mesmo, talvez, seja tomar os remédios e tomá-los corretamente.
Deus abençoe!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Trecho extraído do livro: “Praticas de jejum” de Monsenhor Jonas Abib