A ressurreição é o selo da veracidade da vida de Jesus e de Sua morte. Cristo, como homem, morreu após haver pregado a Boa Notícia da chegada do Reino. Deus Pai o ressuscitou testemunhando, por este sinal de Sua onipotência, da autenticidade da pregação de Jesus. Pedro diz no relato de Pentecostes: Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós todos somos testemunhas (Atos dos Apóstolos 2, 32).
A propósito escreve João Paulo II: A cruz não é a última palavra do Deus da aliança: essa palavra será pronunciada na alvorada quando as mulheres, em primeiro lugar, e os discípulos, depois, indo ao sepulcro do Crucificado, verão o túmulo vazio e proclamarão pela primeira vez: Ressuscitou!
Tomé experimentou essa força da manifestação de Deus e ao reconhecê-Lo ressuscitado pôde exclamar: Meu Senhor e Meu Deus! Essa experiência significa estabelecer Jesus como Senhor da nossa vida, da nossa história, do nosso passado, do nosso presente e do nosso futuro. Ela ainda faz de nós pessoas livres porque o projeto de Deus sobre nós é um projeto de felicidade. O Senhor não quer nos oprimir, ao contrário, Ele quer que sejamos tudo aquilo que o Pai pensou de nós. Ser o que o Pai nos fez nos realiza como pessoa. Portanto, estabelecer Jesus como Senhor e Deus da nossa vida significa ser mais pessoa, mais humano e dar espaço para que os Seus desígnios se cumpram em nossas vidas.
Jesus Nosso Senhor e Deus nos encaminha para esse processo de cura e crescimento em vista da missão que Deus Pai nos deu. Assumir Cristo como Senhor da nossa vida é adorá-Lo. Nessa atitude de adorar o Senhor reconhecemos interiormente o lugar exclusivo que pertence a Ele em nosso coração. Dirigimo-nos a Deus e reconhecemos, como criaturas, a majestade e a grandeza d’Ele e a nossa total dependência d’Ele. É a atitude fundamental de cada cristão consciente do mistério que o envolve e circunda. Eu me prostro diante de Deus, porque Deus é Deus. Não tenho a intenção de Lhe pedir nada, quero estar com Ele, estar na Sua presença,
unido ao coração d’Ele. Uno-me ao Todo-poderoso para agradá-Lo e fazê-Lo feliz. Simplesmente me prostro diante de Deus porque Ele é meu Senhor e meu Criador. É o Deus da minha vida!
O peixe vive na água. Fora dela começa a agonizar porque foi criado para viver na água. Nosso lugar é com Deus! Vivemos uma vida infeliz porque vivemos fora do nosso lugar, do nosso habitat, que é Deus. Reconhecê-Lo como Senhor e Deus é reconhecer que Ele é nosso único amor, nossa única riqueza e nosso único querer. Vivemos n’Ele e para Ele, portanto, livres e libertos. Ele é um Senhor que não oprime ou escraviza, mas nos ensina a ser gente, homens e mulheres novos.
Jesus, meu Senhor e meu Deus!
Monsenhor Jonas Abib