Pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem a todos

Há três anos, uma notícia muito importante foi dada a nós, Família Canção Nova. No dia 21 de janeiro de 2009, durante a reunião do Conselho Geral dos Salesianos em Roma, o Reitor-Mor dos Salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, informou que a Comunidade Canção Nova tinha sido admitida oficialmente na Família Salesiana.

Essa notícia foi uma grande graça e alegria, pois Dom Bosco sempre esteve conosco e nós sempre procuramos viver o seu ‘Sistema Preventivo’. O Instituto Canção Nova demonstra isso, bem como o Progen. Essa aprovação por parte dos salesianos representa o reconhecimento de todo o trabalho que realizamos com os jovens. É ainda uma grande responsabilidade, pois nós precisamos viver muito mais o espírito de Dom Bosco, que é o próprio Evangelho.

“Nossas palavras são como sementes. O que falamos, semeamos”, explica monsenhor Jonas

Dom Bosco, ao contrário do que muitos pensam, era um homem de um temperamento classificado como “colérico”. No entanto, consciente do seu temperamento difícil, determinou-se a “domá-lo” com o auxílio da graça de Deus, além de toda a luta pessoal e do esforço contínuo. Para isso, escolheu como protetor e modelo São Francisco de Sales, um santo que venceu seu temperamento forte pela prática da mansidão. Ele é um exemplo para nós de que é possível ser diferente, é possível mudar.

Dom Bosco era muito dirigido por Deus através de seus sonhos. Num deles, um personagem o levou a uma linda plantação. Rapidamente, porém, as folhas foram murchando e a plantação perdeu todo o seu viço. Diante do olhar interrogativo de Dom Bosco, o personagem mandou que ele se aproximasse. Foi daí que viu nas folhas uma espécie de ferrugem. Então perguntou: “O que é isso?”. O personagem respondeu: “A murmuração. Ela é como uma praga. Espalha-se rápido e põe tudo a perder. Ela mata a vida de qualquer comunidade”. Questionou Dom Bosco: “O que fazer agora?”. E o homem respondeu: “Com a murmuração não há outro jeito. É preciso exterminar”. Então, ele sentiu ecoar nos seus ouvidos as palavras: “É preciso exterminar!” e acordou. Foi a partir daí que ele começou a aplicar o ensinamento de que precisamos sempre: “Pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem a todos”.

Eis o que deve ocupar os nossos pensamentos e as nossas conversas: tudo e somente o que é verdadeiro, justo, nobre, puro, virtuoso e louvável. Dessa forma, “a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4,7). Se a gente semeia jasmim, colhe jasmim. Mas se nós semeamos urtiga e insistimos nisso, não podemos esperar flores. Nossas palavras são como sementes. O que falamos, semeamos. Que São João Dom Bosco inspire nossas palavras neste novo ano que se inicia e que Nossa Senhora Auxiliadora seja a nossa intercessora!

Deus o abençoe.

Monsenhor Jonas Abib

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