Estou doente. O que devo fazer?

Muitas pessoas vivem com medo de ficar doentes

O grande mal do nosso século é a hipocondria (mania de doença). Qualquer dor é motivo para ficarem apavoradas e pensar logo em algo grave. E quando o médico pede algum exame específico, a pessoa já imagina o diagnóstico: câncer e morte.

A nossa geração é e sempre será abençoada. Deus não nos criou para a morte nem para a doença. Não podemos nos deixar dominar pelo medo. “Deus criou o ser humano incorruptível e o fez à imagem de sua própria natureza: foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo” (Sb 2,23-24).

Deus criou o homem para ser imortal, incorruptível e saudável, mas a Palavra de Deus nos diz que, pela inveja do diabo, a morte, a doença, a desgraça, a miséria, o sofrimento e a dor entraram no mundo.

A arma que o demônio mais usa para atormentar os filhos de Deus é o medo: medo do futuro, medo de morrer, medo da traição, da calúnia e da velhice, medo de perder os pais, de perder  o emprego… Medo!

Deus nos exorta a renunciar a todo e qualquer tipo de medo: “O que eu mais temia, aconteceu comigo; o que eu receava, me atingiu” (Jó 3,25).

Não podemos nos tornar escravos do medo; ao contrário, temos de lutar contra ele sem deixar de confiar em Deus. Na verdade, o que o inimigo quer é nos tornar escravos da doença, para ficarmos mergulhados na autopiedade, revoltados com Deus e com as pessoas que estão à nossa volta. Se você está doente, reze, peça oração e procure um médico. Ele possui os meios para nos ajudar; não se entregue ao desespero, pois a medicina provém de Deus (Eclo 38,9-12).

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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

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Na hora da dor, abandone-se nas mãos do Senhor, lute para não murmurar e não entregue a sua alma à tristeza; una-se à cruz de Cristo, oferecendo todo o seu sofrimento em desagravo aos pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus, pela conversão dos pecadores, conversão de seus familiares e pelas almas do purgatório, entregando tudo com sacrifício agradável ao Senhor. “Transformai os arados em espadas, as foices em lanças… O covarde, diga a si mesmo: “Sou valente!” (Jl 4,10).

Deus criou o homem para ser incorruptível em todos os seus membros, mas foi pelo demônio que a morte entrou no mundo. Ele não é a favor da vida, da saúde e da felicidade; por isso temos de combater as forças de morte com a oração.

Quantas mulheres testemunharam que não conseguiam engravidar! Outras sofreram abortos. Mas quando clamaram a Deus, a vitória aconteceu. São verdadeiros milagres que alcançamos por meio da oração.

Não podemos nunca perder de vista essa realidade: “Mesmo enfermo, eu sou um guerreiro”. Em geral, pensamos que somente quando estamos bem, quando tudo está sob controle, é que podemos servir ao Senhor. Mas a verdade é outra: se fosse assim, quase nunca estaríamos em condições de servir a Deus, pois a nossa vida é um contínuo vale de lágrimas.

Ao contrário, mesmo em meio aos maiores problemas em plena tempestade, quando tudo se volta contra nós, precisamos assumir a nossa posição de combatentes e dizer: “Mesmo enfermo, eu sou um guerreiro”.

E, para nossa surpresa, é justamente nessa hora que o Senhor intervém e tudo muda.

Deus abençoe!

Artigo extraído do livro ‘Milagres aos nossos olhos’, de monsenhor Jonas Abib

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