Nós temos de aprender a reclamar do Senhor, no melhor sentido da palavra. Em certa ocasião, no Vaticano, o Papa João XXIII quis receber as famílias que trabalhavam lá. Começaram a distribuir balas e havia um menino que estendeu as duas mãozinhas, em forma de concha, na expectativa de que o Pontífice colocasse muitas balas em suas mãos. E o Santo Padre entendeu tudo: o garoto não queria receber apenas uma ou duas balas, mas muitas delas. Porque ele pediu muito, ele recebeu muito.
Temos de ser assim, pois agimos muitas vezes como mendigos, enquanto somos filhos de Deus. Nós podemos reclamar para o Senhor, pois muito mais do que nós precisamos, Ele quer nos dar.
Há uma “mania” em nós de que não podemos pedir, de que não podemos buscar em Deus, pois somos indignos. Claro que somos indignos! Somos indignos, mas somos filhos [de Deus]. E justamente porque somos indignos e necessitados, temos de receber.
Diga comigo: “Senhor, muda minha mente e meu coração. Que eu não busque pouco em Ti. Que eu busque o muito que o Senhor tem para mim. Eu posso esperar milagres, maravilhas, porque o Senhor quer fazê-los por nós. Eu quero ter a graça de ousar e buscar em Ti as maravilhas que o Senhor tem para nós e que eu preciso. Eu quero ter a graça de esperar por milagres”.
Temos de pedir a Deus a graça de esperar por milagres, pois somos tão pouco confiantes que agora temos de pedir a graça de esperar por eles. E tenha a certeza: o Senhor quer fazer milagres e é capaz de fazê-los. Nós é que não recorremos a Ele.
(Trecho da palestra “À espera do milagre” com