Reflexão

Profeta e mártir como João Batista

Profeta é aquele que anuncia a verdade; mártir é quem a testemunha

Herodes, que era rei, descaradamente tomou a esposa de seu irmão e casou-se com ela. João Batista não teve receio de lhe dizer que não era permitido, segundo a lei divina, que ficasse com a esposa do irmão. Este rei gostava de ouvir o apóstolo João, pois reconhecia que ele falava a verdade e que era corajoso, por isso o protegia, embora ficasse embaraçado quando o ouvia dizer tais verdades. Herodes era esperto como uma raposa, e sabia muito bem de seus erros.

No aniversário de Herodes, Salomé, filha de Herodíade, com quem vivia, apresentou-se no momento-chave da festa para fazer uma dança sensual. O rei ficou muito orgulhoso da dançarina, e, por estar bêbado, disse-lhe: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”, prometendo-lhe até a metade de seu reino. A moça não sabia o que pedir e aconselhou-se com a mãe. Esta, com muito ódio, pediu a cabeça de João Batista, que reprovava a união dos dois. Herodes ficou muito triste, mas não pôde recusar, pois havia feito uma promessa diante de seus convidados; então, mandou que os soldados degolassem João e lhe trouxessem a cabeça. Assim, o precursor de Jesus foi morto.

O Evangelho de São Mateus diz que Jesus, no momento em que soube da morte do apóstolo, percebeu que logo chegaria a hora de Sua crucificação.

Esse é o destino dos profetas, daqueles que dizem a verdade. Profeta e mártir são sinônimos, porque profeta é aquele que anuncia a verdade, e mártir é quem a testemunha. Na verdade, acabam sendo sinônimos, pois ambos testemunham a verdade da salvação e precisam pagar um preço por isso, e pagar o preço é dar a vida.

Hoje, nós, evangelizadores, somos poucos diante do desafio que Deus nos apresenta, contudo, precisamos ter a coragem de João Batista.

Se você tem coragem, diga: “Eu quero ser como João Batista, quero ser profeta! Quero ser mártir e dar a vida pela grande verdade, por Nosso Senhor Jesus Cristo e seu Evangelho!” A maioria dos católicos não tem essa coragem, eles querem ser católicos, querem ser amigos de padres, bispos, querem ser ministros da Eucaristia, mas muitos buscam isso como destaque, para mostrar que são católicos. A maioria deles, no entanto, prefere viver na “coluna do meio”. Querem ser um “católico normal”, não têm a coragem de ser profetas e mártires, nem evangelizadores de verdade.

“Eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te, diz o Senhor” (Je 1,19). O nosso advogado e defensor é o Senhor. Meu irmão, coragem! Cada vez mais precisamos de profetas e mártires, tanto homens como mulheres. Você não imagina o quanto Deus está precisando de nós! 

Diga: “Eu quero ser profeta, quero ser mártir, porque vão guerrear contra mim, mas não me vencerão, porque o Senhor estará sempre comigo para me defender. Eu quero ser como João Batista”.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

 

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