É preciso decidir-se pelo amor, pois este ato não pode ser reduzido ao contexto de nossas emoções. Amar a Deus e aos outros é, antes de tudo, um ato de vontade, uma decisão concreta. Se eu não cantar, não há canto; se você não amar, não há amor.
Nós devemos amar gratuitamente a pessoa que nos traz aborrecimentos, que nos trai, pois o amor exige renúncia. Não é simplesmente renunciar a nós mesmos, mas dar-se para amparar, socorrer, fazer a felicidade do outro.
A Bíblia traz a passagem do “Bom Samaritano”. Nela está escrito que o bom samaritano encontrou um doente na estrada, cuidou dele e o levou para a hospedaria e lá ele continuou cuidando do enfermo. Mas houve uma hora em que teve de partir. Então, ele (bom samaritano) deu dois denários para que cuidassem do enfermo, dizendo que se faltasse algo o daria ao voltar.
Santo Agostinho diz que esse “Bom Samaritano” é Jesus e que o “dono da hospedaria” somos nós, e o que “gastarmos” com os demais, Ele, o Senhor, nos pagará na vinda dEle. Ele lhe pagará a mais, por isso, gaste a sua vida pelo outro!
Por causa do deserto em que o mundo se encontra, Deus bondosamente criou um oásis de amor, que são os grupos, as pastorais, as comunidades, os movimentos. Precisamos cultivá-los, não podemos perdê-los. É questão de vida ou morte!
Deus nos pôs neste mundo para amar e implantar nesta terra a civilização do amor, que acontecerá quando pusermos o amor em prática em nossa vida. Diante de tanto desamor no mundo, amar será nosso combate.
Problemas existem e agravam o coração, mas nem por isso desistiremos do amor. Deus nos dá a capacidade de amar, mas a decisão de amar dependerá de nós. Se nos decidirmos pelo amor, tudo mudará em nossa vida.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib