Com base na Escritura e na Tradição, a Igreja definiu como verdade de fé não apenas a existência dos anjos, mas também sua criação. Comumente, considera-se que eles foram criados antes dos homens, em número indeterminado. A Sagrada Escritura, e especialmente São Paulo, que evoca a tradição, informa-nos que os anjos são distribuídos em nove hierarquias: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos.
Depreende-se claramente das Sagradas Escrituras que os anjos não são iguais em dignidade; há anjos superiores e inferiores. Suas funções também são diferentes. A Bíblia fala em anjos da guarda (Mt 18,10; At 12,15); de guias das criaturas (Tb 12); de protetores de cidades e nações (Dn 12,1); de anjos que louvam a Deus e executam Suas ordens (Lc 2,13ss); de anjos que estão diante do trono de Deus (Tb 12,15). Fala também, diversas vezes, de fileiras inumeráveis, de imensos exércitos celestes. Tudo isso faz pensar em uma ordem, uma hierarquia celeste como mencionado acima no topo da qual se reconhece o Arcanjo São Miguel (Ap 12,7-9).
No próprio ato da criação, os anjos foram elevados à ordem sobrenatural, mas nem todos perseveraram nela. Muitos abusaram de sua liberdade e, num ato de soberba, rebelaram-se contra Deus, sendo imediatamente punidos e condenados ao inferno. Sto. Tomás de Aquino ensina que cada anjo não apenas é diferente dos outros, mas, também constitui, por si, uma espécie. Ainda de acordo com ele, os anjos estão presentes em determinados lugares, e não alhures, onde executam sua ação específica.
Deus abençoe você!
Monsenhor Jonas Abib