Nós temos de aprender a reclamar do Senhor, no melhor sentido da palavra. Em certa ocasião, no Vaticano, o Papa João XXIII quis receber as famílias que trabalhavam lá. E começaram a distribuir balas e havia um menino que estendeu as duas mãozinhas, em forma de concha, na expectativa de que o Pontífice colocasse muitas delas nelas. E o Santo Padre entendeu tudo: que o garoto não queria receber apenas uma ou duas balas, mas muitas delas. Porque ele pediu muito, ele recebeu muito. Nós temos de ser assim, pois, agimos, muitas vezes, como mendigos, enquanto somos filhos de Deus. Nós podemos reclamar para o Senhor, pois muito mais que nós precisarmos, Ele quer nos dar.
E há uma mania, em nós, de que não podemos pedir, de que não podemos buscar em Deus, pois somos indignos. Claro que somos indignos. Somos indignos, mas somos filhos [de Deus]. E justamente porque somos indignos e necessitados, temos de receber.
Diga comigo: Senhor, muda a minha mente e meu coração, que eu não busque pouco em Ti, que eu busque o muito que o Senhor tem para mim. Eu posso esperar milagres, maravilhas, porque o Senhor quer fazê-los por nós. Eu quero ter a graça de ousar e buscar em Ti as maravilhas que o Senhor tem para nós e que eu preciso. Eu quero ter a graça de esperar milagres.
Temos de pedir a Deus a graça de esperar milagres, pois somos tão pouco confiantes, que agora temos de pedir a graça de esperar milagres. E tenha a certeza de que o Senhor quer fazer milagres e é capaz de fazê-los; nós é que não recorremos a Ele.
Trecho da pregação: À espera do milagre” de 1996.
.: Conteúdo acessível também pelo