Deus nos convida a sermos os construtores da nossa casa
A pessoa que constrói sua casa sobre a areia está fadada a vê-la desmoronando com a chegada da ventania e da tempestade:
“Assim, todo o que ouve estas minhas palavras e as põe em prática pode ser comparado a um homem sensato, que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra esta casa, e ela não desabou, pois seus fundamentos assentavam-se na rocha. E todo o que ouve as palavras que acabo de dizer e não as põe em prática pode ser comparado a um homem insensato, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva. Vieram as torrentes, sopraram os ventos; vieram dar contra esta casa, e ela desabou, e sua ruína foi total” (Mt 7,24-27).
Foto: Daniel Mafra
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Temos assistido ao triste espetáculo do desmoronamento das nossas casas. São lares confiados a nós por Deus, mas construídos sobre a areia, na sabedoria do mundo. Infelizmente, nossos lares deixaram de ser construídos na rocha, já não são construídos em Deus.
Testemunho
Posso testemunhar a respeito da vida dos meus pais, que foi, desde o começo, muito difícil. Enfrentaram grandes problemas, dificuldades e muita pobreza. Mamãe era filha do terceiro homem mais rico e elegante da cidade, cujo carro era o único da região. Ela o auxiliava nos negócios. Quando papai chegou, era pedreiro, de condição humilde, simples e, devido a isso também, os dois enfrentaram muitos problemas para se casar.
Que família bonita eles formaram! Eu não tenho outra explicação: sou fruto da imolação de meus pais. Sou fruto para testemunhar ao mundo que vale a pena perseverar, suportar e amar. O Senhor nos diz, em Sua Palavra, que para haver salvação e ressurreição é preciso haver sangue e muitas lágrimas. Sou fruto do amor sofrido de meus pais.
Todos nós somos frutos de lares assim: de pai e mãe que sofreram para construí-los. Quem constrói sabe que não existe construção fácil: é suado, doloroso, demorado, porém, bem alicerçado. O Senhor nos chama a deixar a mentalidade que o mundo e a televisão nos têm transmitido, para sermos os reconstrutores desta arca da salvação, que é a família, em bases sólidas. Não mais construídas na areia, no egoísmo, mas reconstruídas no amor, em Deus. Isso significa doação, entrega e dor.
Alegria da gestação
Não existe ato mais lindo do que gerar, mesmo quando isso nos faz sofrer! O amor é doloroso como o parto! Há mulheres que passam a gravidez inteira praticamente em repouso, correndo o risco de perder o bebê. Mas, quando a criança nasce, que alegria! Mesmo sofrido, o amor gera uma alegria única. Não existe amor que não seja assim.
Deus nos convida a sermos os construtores da nossa casa. Ele próprio nos mostra os meios: a Palavra de Deus, a oração, os mandamentos divinos, o sofrimento acolhido com amor. Uma casa construída sobre a rocha, que é Deus.
Nossa geração aplaude os que vivem na infidelidade, no adultério, e nos induz a fazer o mesmo. Nossas famílias são violentamente agredidas, mas o Senhor quer nos salvar. Somos o Noé que Deus escolheu para reconstruir a arca, que é a nossa casa.