A Palavra de Deus é alimento. Mas por quê? Porque nela você se encontra com Aquele que é a Palavra. A Palavra existe não somente para que façamos com ela elucubrações mentais para que sejamos instruídos intelectualmente por ela. A Palavra é um meio para entrar em relação íntima com Jesus, para ser um com Ele, para ter intimidade e usufruir Sua presença amorosa. O que acontece é uma “osmose”. O que Jesus é passa para você e você também forma com Ele. É dessa maneira que acontece com o filho de Deus, a filha de Deus, que está em você, em gestação.
Porque Jesus queria que assim fosse, Ele deu um passo a mais: se fez comida, bebida. Para que compreendêssemos melhor e para que Ele fosse cada vez mais Pão da Vida Eterna, Ele foi ao extremo do amor e se fez verdadeira comida, verdadeira bebida e mandou que O comêssemos e bebêssemos. Ele falou com toda a clareza:
“Em verdade, em verdade, eu vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 53-54).
Na Eucaristia você se encontra, na intimidade, com Jesus, que é Vida, Salvação, Alimento, Pão para a vida eterna. Ele lhe dá e lhe transmite Sua vida. Então cresce a vida que já está semeada, concebida em você. A comunhão é mais que um encontro com Jesus, Pão, alimento da Vida. Jesus é e será Pão da Vida Eterna. Você encontra de várias maneiras a Pessoa de Jesus, mas um encontro especial, o mais importante, se dá nesse maravilhoso sinal que Ele deixou: sendo a própria comida e bebida.
“Aquele que come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56).
Veja que beleza! “Aquele que come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”. Ele explicou: “E como o Pai, que é vivo, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim aquele que comer de mim viverá por mim” (Jo 6,57). Jesus e o Pai são um. Jesus vive pelo Pai. Ele lhe diz da mesma forma: “Quem come a minha carne viverá por mim, será um comigo”.
(Trecho extraído do livro “O Pão da Palavra” de monsenhor Jonas Abib)
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