Deus quer nos fazer filhos d’Ele, e essa é a beleza de nossas vidas. O Senhor nos mostrou isso ao nos comparar com o barro nas mãos do oleiro, o qual faz vasos maravilhosos.
Para os judeus, o oleiro era um artista, porque trabalhava com o barro, ou seja, fazia, com aquilo que era desprezível e sem valor, algo maravilhoso. Mas uma coisa essencial na fabricação de um vaso é o processo em que esse objeto vai ao forno e passa por um fogo muito alto para ser fundido; se o barro não for bem trabalhado no processo de purificação, ele rachará ao ir ao forno. No entanto, se ele for um bom barro, resistirá ao fogo e ficará, justamente por causa desse elemento [fogo], um lindo vaso.
Não há outro meio para alcançarmos a santidade. Temos de passar pelo fogo, pela cruz. Nós somos de barro, mas Deus quer nos transformar e nos fazer um vaso artístico. Ele é capaz de fazer deste barro, que somos nós, um vaso precioso.
O Senhor nos criou para a eternidade, mas, infelizmente, nossa cabeça tem dificuldade de acreditar que nós viemos ao mundo para passar a eternidade com Ele. Assim como o vaso precisa passar pelo fogo para ser purificado, nós precisamos passar por este mundo para chegarmos à eternidade. Como o oleiro tem paciência com o vaso, o Senhor tem paciência conosco. Todo oleiro tem uma oficina, na qual trabalha com seus objetos. Da mesma forma, Deus tem uma “oficina”, na qual Ele trabalha você. Esta “oficina” é a sua casa, o seu trabalho, a sua comunidade. Deixe-se trabalhar por Deus na oficina da vida.
Desta forma, entendemos o porquê da cruz, o porquê do sofrimento. Por ter muita sujeira dentro do barro, o oleiro precisa ter a mão firme para trabalhá-lo. O Senhor também tem a mão forte para trabalhar em nós. Ele precisa que, durante o tempo de nossa vida, esta sujeira saia para que possamos entrar no céu como um vaso novo, um vaso provado pelo fogo.
Temos de entender que a vida não é uma mentira de novela, ela é uma aventura de transformação.
O Senhor mesmo falou que o joio vai ser lançado fora, porque ele não é puro; o joio não é trigo, portanto, aquilo que é trigo, que é ouro, aquilo que é bom deve ser cada vez melhor, e a realidade do mundo está mostrando que o mau está ficando cada vez pior. Portanto, é preciso dizer ‘sim’ à santidade. “Ou santos ou santos!”
(Trecho da palestra “A vida não é passatempo” com