Deus fez conosco algo inédito, totalmente novo. Só posso dar graças a Deus.
Por que Deus fez isso? Primeiro como sinal para o mundo. No mundo tão sexualizado em que vivemos, num ambiente de malícia, homens e mulheres, vivendo juntos em sadia convivência, é um testemunho, um sinal fora do comum.
Não é um sinal de que somos bons, mas de que Deus é Deus! De que o Evangelho funciona! É possível, hoje, viver a castidade, a pureza. Temos nossas fragilidades, mas, pela graça de Deus e pela força do Espírito Santo, isso é possível.
Não é fácil! É preciso contar com pessoas plenas de Deus, é preciso que elas sejam cristãs, de oração, da Palavra de Deus. É por isso que temos a Eucaristia como centro de nossa vida.
Não precisaríamos viver juntos, mas Deus quis que assim fosse, para dizer a todos, homens e todas mulheres, rapazes e moças, que é possível viver castamente. Isso foi possível nos anos 80, 90 e também será possível no futuro.
Deus quer provar que é possível viver a pureza, viver sem malícia e em sadia convivência homens e mulheres.
Só Deus para fazer uma coisa dessa. Isso é muito lindo! Não andamos por aí falando a respeito disso. A Canção Nova acaba sendo um sinal; e sinal existe para não ser preciso falar, por si só ele está indicando.
O segundo motivo é ainda mais lindo: esta sadia convivência entre rapazes e moças tem formado e educado, de maneira maravilhosa, tanto os homens como as mulheres.
Hoje, posso fazer palestras mostrando que Deus, ao criar o homem e a mulher, os fez complementares. Mas em que sentido? Nós homens recebemos de Deus uma série de qualidades e de características masculinas. O próprio Deus nos transmitiu isso. Estas sementes vêm d’Ele.
As mulheres recebem de Deus qualidades e características femininas. O bonito é que elas fecundam nossas qualidades masculinas. Essa fecundação acontece na convivência do dia-a-dia.
É lado a lado, na mesma casa e, muitas vezes no mesmo serviço, que nós homens fecundamos as mulheres, fazendo com que as sementes das características e das qualidades femininas, que Deus deu a elas, possam florescer.
Não é fácil! Mas essa convivência é maravilhosamente formadora. Uma comparação: é como duas facas, uma que amola a outra. “Amolamo-nos” uns aos outros e ficamos afiados.
Trecho extraído do livro “Canção Nova, uma obra de Deus” de monsenhor Jonas Abib