No Evangelho de hoje, Jesus está proclamando a messianidade d’Ele, pois Ele era o Messias pelo qual eles esperavam tanto e que havia sido anunciado por Isaías para proclamar a libertação aos cativos, para levar aos cegos a recuperação da vista, para dar liberdade aos oprimidos, para proclamar o ano da graça da parte do Senhor. Contudo, o povo de Deus esperou tanto pelo Messias, que quando Ele veio, as pessoas O pegaram, arrastaram-No e O levaram a um penhasco e tentaram jogá-Lo de lá. Quando Jesus, calmamente, fixa os olhos neles, sai sem que ninguém mova um dedo para tocá-Lo. É Sua autoridade interior de Messias que faz com que isso aconteça.
É neste momento que o Senhor cita dois casos. Primeiro, o que aconteceu com Elias, que foi recebido por uma viúva de Sarepta em Israel, que era pagã. Aquela mulher só tinha um pouco de farinha e umas gotas de azeite e, mesmo assim, faz o pão para este profeta, e depois volta para casa, onde não havia farinha nem azeite. Contudo, ao voltar, encontra o mesmo tanto de trigo e azeite e faz o pão para o filho. Ela havia sido franca com Elias dizendo-lhe que iria fazer o último pão e esperar a morte chegar. O profeta, então, diz a ela: “Não, isso não vai acontecer, a farinha e o azeite não terminarão”. E um dia após o milagre isso se realizava. Logo depois disso, o filho dela adoece e morre. Essa mulher, que havia começado a acreditar no Deus de Elias, agora tem o seu filho morto. Ela entra em desespero. Quantos de nós também nos desesperamos numa hora dessas!
Elias vai ao quarto do menino e o ressuscita. E aquela mulher, então, vê outro milagre maravilhoso de Deus. Ela vê que, realmente, o nosso Deus, o Deus de Israel, é único, verdadeiro.
O segundo fato é o que acontece com Eliseu, discípulo de Elias, que foi até o general do exército de Naamã, que era leproso, e contou-lhe do seu Deus e do profeta que havia em Israel. Então, ele manda que o general vá sete vezes ao rio Jordão para se banhar nele.
Não era Eliseu nem mesmo as águas daquele rio que curariam o general, mas o Deus no qual ele precisava acreditar. No entanto, antes de fazer isso, ele [general] tenta voltar, furioso, mas os servos lhe dizem: “Por que o senhor não se banha nas águas deste rio?” Ele viu que eles tinham razão, e por dias, foi ao Jordão para se banhar, porque assim como o milagre da viúva de Sarepta ia se renovando, a cada dia, a fé de Naamã também. Os demais, vendo a reação dele, vão crescendo também na fé. Então, depois de sete dias, ele volta ao rei Elias e mostra para ele como a sua pele está nova como de uma criança e lhe diz: “Agora estou convencido de que não há outro Deus como o Deus de Israel”.
Nesses 40 anos de derramamento do Espírito Santo, podemos testemunhar os milagres que Deus fez em nós e nos nossos. Não quero testemunhar os milagres físicos que aconteceram, mas salientar aqueles [milagres] que Deus realizou nas diversas lepras, muito piores do que aquelas do general.
Nós estamos assistindo a esta doença terrível que está “pegando” os nossos filhos, as nossas famílias. Quantas mulheres infelizes por causa do comportamento de seu marido. Quantos maridos choram por suas esposas por causa dessas conversas de comadres. Estamos vendo tantos filhos infelizes por causa de seus pais. E quantos pais também estão infelizes por causa de seus filhos que estão envolvidos nas drogas, na sexualidade depravada, no álcool. Essa lepra do pecado está pegando como uma epidemia para a qual nós precisamos buscar a cura.
É certo que recebemos muitas graças de Deus, e é preciso que nos recordemos delas, porque nossa memória é muito curta e, com facilidade, nos esquecemos das maravilhas que o Senhor fez em nossas vidas. Quando aparece uma dor, parece que não tivemos fé nunca e entramos em desespero.
O Senhor, hoje, vem apelar para a nossa fé e dizer-nos: “Filhos, lembrem-se não só dos milagres da Bíblia que Eu, Jesus, realizei, mas dos milagres que realizei na sua vida. Recordem-se também quando oraram por você e você recebeu a cura, a graça e transformação. Assim como Eu usei das águas do Jordão, Eu usei de pessoas porque quero a participação de meus filhos. Voltem a acreditar em Mim e não se deixem levar pelas emoções, que muitas vezes, nos levam à ansiedade, à dor, ao desespero”. O desespero é desesperança, e a esperança é o primeiro fruto da fé. Quando a [esperança] perdemos, entramos em desespero, e este não nos leva a nada.
Deus também está nos dizendo: “Se você está desesperado com a sua situação, Eu sou Deus e continuo sendo Deus, e assim continuarei para sempre. Acreditem em Mim. Posso mostrar todas as maravilhas que fiz, todos os milagres que Eu, Jesus, fiz no tempo em que passei na terra. Posso lhe mostrar todos os milagres que os meus apóstolos, discípulos, pessoas simples realizaram, no início do Cristianismo, porque eram cheios do Espírito Santo e acreditaram em Mim. Eu quero citar as graças e os milagres nos quais você já tocou; se não foi você, foi sua família que tocou neles. Além de curas, o maior milagre é a conversão, a mudança de vida. Acreditem em Mim. Eu estou apelando e suplicando isso a vocês, porque, hoje, o mundo precisa reconhecer que Eu sou Deus e continuo sendo o mesmo. O mundo está precisando de milagres. Eu sou o mesmo Deus, e por que é que você não continua sendo o mesmo filho? Para mim, que sou o Senhor, nada é impossível, e tudo é possível àquele que crê”.
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.
Padre Jonas Abib