Fantasia, a "louca da casa"

Nossa fantasia pode atrapalhar a profecia

 

800x300-ImagemDestacada

Monsenhor Jonas Abib – Créditos: Arquivo Canção Nova

O povo diz que a fantasia, a imaginação é a ‘louca’ da casa. E é mesmo. Muitas vezes, o Senhor nos dá algo, realmente, inspirado. Na oração, vem uma palavra de profecia, sabedoria ou de ciência; por meio de uma imagem, uma revelação ou uma citação bíblica clara e incisiva Deus nos fala. Mas, nessa hora, a nossa fantasia – a ‘louca’ da casa – age e começamos a lucubrar, a fazer castelos, porque ela gosta de enfeitar as coisas.

Muitas vezes, pensamos: ‘Foi uma inspiração. Senhor, eu tenho certeza, meu coração bateu forte’. Está certo, mas, nessa hora, infelizmente, a imaginação começou a fazer lucubrações; começou a tecer considerações fantasiosas.

 

“Os homens vêem as aparências, mas Deus vê o coração”.
Temos de estar atentos à atuação da ‘louca da casa’, não misturando as coisas, não nos deixando levar por considerações fantasiosas.

 

As coisas que o Senhor nos fala são grandes, porque Ele é grande. Quando Ele fala, quer realizar conosco uma obra maravilhosa. Às vezes, a partir da Palavra, começamos a fantasiar uma obra grandiosa, mas de acordo com a nossa fantasia.

 

Dá para imaginar obra mais poderosa do que a obra de Jesus? E ela não se faz com simplicidade? Ela não se fez, justamente, no revés, no sofrimento e na contradição? Como é que Jesus terminou? No alto da cruz. Claro que depois veio a ressurreição. Mas o ponto crucial foi a cruz.

 

O auge do tempos messiânico começa numa estrebaria e termina numa cruz, e não houve obra maior do que a obra que o Pai realizou através de seu Filho, Jesus Cristo. Jesus nem saiu da palestina – um país pequeno parecido com uma das cidades do sertão brasileiro –, Ele ficou com aquele “povinho”, um povo de cabeça dura. Jesus não foi à Grécia, não foi a Roma nem à Ásia.
Jesus viveu a sua vida com simplicidade.

 

Muitas vezes, a nossa mente começa a criar fantasias e temos de ter o cuidado de estar sempre dispostos a aprender.

 

Todos temos sensibilidades, emoções, sentimentos… A nossa sensibilidade é afogueada, efervescente, parece que tem gás (água com gás). Você abre e ela transborda.

 

Quando o Senhor nos faz uma revelação e nos dá algo importante, nossa sensibilidade, como leite a ferver, faz aquela espuma! Tudo isso é sensibilidade. Vá devagar com ela. Tente discernir as coisas, dê tempo ao tempo, deixe a coisa se acalmar, não pretenda pensar que tudo é revelação especial a você. Vá devagar! Os dons de Deus são irreversíveis. Uma profecia pode ficar um mês incubada para ser digerida, mas, quando ela vem, é forte. Não é força da sensibilidade, mas do Espírito Santo.

 

 

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.