“Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a Ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés, rogando-lhe com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva’ (Marcos 5, 21-24ss).
Jesus está cercado de uma multidão quando Jairo, chefe da sinagoga , aproxima-se dEle e se prostra diante do Senhor pedindo-Lhe que imponha as mãos sobre sua filha, que estava doente, para que esta fosse curada. Então, Jesus se põe a caminho da casa de Jairo. E, no meio do caminho, Ele encontra uma mulher que sofria de hemorragia havia muitos anos, e mesmo diante de sua situação, ela deixou nascer um propósito em seu coração. “Dizia ela consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada” (vers. 28).
Imagine você, principalmente se for mulher, passar por uma situação como a dela. Para os judeus, a mulher, quando estava menstruada, era considerada impura e o homem nem mesmo poderia tocá-la. Pois, para eles, durante o tempo da impureza, a pessoa estava longe de Deus. Imagine aquela mulher, já por doze anos longe de Deus e sendo considerada impura! Na mentalidade dela e dos demais, ela estava impura e tudo o que tocasse ficaria impuro também.
Ela sabia que não podia tocar Jesus, pois em sua mente se sentia indigna. Contudo, o coração dela a impulsionava a tocar nas vestes do Senhor.
Veja o que acontece: “Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes?” (Vers. 30)
Você entende o drama daquela mulher? Ela pensava que era a causadora desse mal. O que ela faz, então?
“Responderam-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te comprime e perguntas: ‘Quem me tocou?’ E Ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade” (vers. 31-33).
Provavelmente ela dizia constantemente a si mesma: “A culpada disso sou eu! Eu sou impura, pois há doze anos estou com essa impureza”. E como Jesus respondeu ao relato cheio de aflição daquela mulher? Veja qual foi a resposta do Senhor:
“Mas Ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal” (vers. 34).
A primeira coisa foi chamá-la de filha, não a chamou de mulher, tampouco a chamou de uma maneira genérica, mas de filha.
O Senhor Jesus está no meio de nós; apenas não O vemos nem O tocamos, mas sabemos que Ele está entre nós.
Repita comigo: “O Senhor está no meio de nós! E me chama de ‘meu filho’. Realmente, Senhor, eis aqui o teu filho, obrigado porque me chamas de filho. Eu declaro que sou o teu filho, Senhor. Obrigado porque tenho alguém que me ama. Eis aqui o teu filho, Senhor!”
O que a levou a tocar no manto de Jesus? Ela não foi levada por sua cabeça, pois se achava impura; nem foi movida pelos sentimentos, visto que se achava indigna e culpada. Ela tocou na orla das vestes de Jesus levada por sua fé. E o Senhor declarou: “Filha, tua fé te salvou”.
Diga: a minha fé deve me salvar, Senhor. Não quero me deixar guiar pela minha cabeça nem pelos meus sentimentos, tampouco pelas minhas emoções. Eu sei que Tu estás aqui e que podes todas as coisas. Se queres podes trazer a solução para os meus problemas. Para Ti não há problema sem solução. Que também eu seja movido pela fé.
A Palavra de Jesus foi esta: “Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e sê curada do teu mal”. Cristo quer que saiamos, a partir deste dia, com esta Palavra realizada em nossas vidas. Creia: Jesus vai abençoar você. Ninguém vai escapar das graças de Deus. Há uma cruz agora sobre a sua casa, uma cruz vermelha sobre sua família, sobre você, aí onde você está. A cruz vermelha do Sangue de Jesus está sobre você!
Aquela mulher se sentia indigna, se sentia assim até mesmo diante de Deus. E se sentia impura e culpada também. As pessoas costumam se sentir indignas e culpadas.
No nosso meio, existe uma multidão de pessoas que se sentem assim. Saiba, estes dois sentimentos fazem muito mal para a alma.
Não podemos nos desconectar de Deus. Quando nós nos sentimos indignos diante do Senhor, esse sentimento vai nos desconectando d’Ele, vai nos estragando. E quantas pessoas, por se sentirem assim, foram perdendo a dignidade e achando até que Deus não as ouve mais nem as ama mais… Mas, o Senhor está dizendo: “Filho, filha, tua fé te salvou.”