Meus irmãos, Deus não quer que soframos, mas nós, no nosso tempo, sofremos porque estamos vivendo o tempo da tribulação. Aqueles que teimarem em ser cristãos, e não aderirem à religião universal, serão considerados os grandes inimigos da paz, do progresso, da prosperidade. Para agüentarmos a grande perseguição e não negar Jesus, precisamos agüentar as pequenas tribulações desde já.
No Evangelho de ontem, eles pensavam que João era o Messias, tal o fervor com que lhes pregava a conversão. Não somente os fariseus e doutores da lei, como também os soldados, as prostitutas e muitos outros pecadores iam até João para que ele lhes dissesse o que fazer para se converterem. Por isso lhe perguntavam se ele era o Messias, mas João dizia ser a voz que grita no deserto: “aplainai o caminho do Senhor” (cf. João 1,6-8.19-28).
O Evangelho de hoje nos mostra que houve uma ocasião maravilhosa para João mostrar a todos quem era o verdadeiro Messias. Quando ele mostrou Jesus a todos os que estavam no rio para ser batizados, disse-lhes: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1, 29b) . A partir daquele momento, André e João acompanharam Jesus e viram que estavam diante do Filho de Deus. Neste Evangelho também existe algo importante, quando João diz: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre Ele” (Jo 1, 32). Este é o maior testemunho, porque os judeus esperavam por um Messias, mas não imaginavam que seria o Filho de Deus. João mostra que Aquele que eles estavam vendo era o Messias. Esta é a grande afirmação, que também é importantíssima para nós nos tempos de hoje, porque estão solapando os alicerces de nossa fé para fazer ruir as bases do Cristianismo e do Evangelho, de modo que também desacreditemos que Jesus é o Filho de Deus.
A Palavra de Jesus é totalmente diferente das normas e da ética que alguns homens sábios possam ter estabelecido. O Senhor não veio da terra, mas do céu, e na hora certa, para trazer a verdade a respeito de Deus e de nossas vidas. É por isso que devemos ser cristãos.
No tempo em que estamos, a perseguição se faz de maneira diferente. Por enquanto, a obra de satanás ainda está solapando as bases de nossa fé para que desacreditemos que Jesus é o Filho de Deus. Isso não é uma questão poética, mas é a coisa mais linda do mundo, pois para salvar o mundo e cada um de nós, o Filho de Deus veio até nós, veio a terra. Os apóstolos viram-No viver, aprenderam a viver como Ele, e nos ensinam a viver uma vida nova por meio dos escritos deixados, que são os Evangelhos.
Somos chamados filhos de Deus, pois somos filhos d’Ele na essência. Por causa de Jesus, que nos deu a vida nova, a graça santificante da vida de Deus, nós nos tornamos seus filhos e o somos de fato. Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
“Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como ele é” (1Jo 3,2). Teremos um corpo novo e glorificado.
Na primeira carta de João, escrita por este apóstolo no tempo da perseguição de Domiciano, ele anima aqueles que eram cristãos, mas que, por causa dos martírios sofridos, deixaram a fé. João lhes mostra que Jesus é o Filho de Deus e nós também o somos e seremos semelhantes a Ele quando Ele vier. Nada se compara àquilo que teremos na vinda de Deus, por isso precisamos estar firmes na verdade. Nós chegaremos à grande tribulação e não teremos como improvisar.
Deus está derramando o seu Espírito Santo para que possamos agüentar o repuxo quando vier a grande tribulação. Precisamos possuir a nossa fé, vivê-la, e estarmos convictos de que Jesus é o Filho de Deus e de que n’Ele e por causa d’Ele também nos tornamos filhos do Senhor. Agüentemos firmes na nossa fé. Se morrermos em Cristo, já estaremos garantidos, e O veremos tal como Ele é. Vale ou não vale a pena? Precisamos fortalecer as bases da nossa fé em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Padre Jonas Abib