Em todo lugar há indiferença
Meus irmãos, parece que nós somos envolvidos por uma névoa que nos toma de tal maneira que cria em nós uma terrível indiferença em relação a Deus e a todas as coisas que se referem a Ele. É como a poluição, que atinge tanto pobres quanto ricos. Essa poluição da qual eu estou lhes falando, e que causa essa indiferença, é a poluição espiritual que atinge a todos nós. Mas precisamos reagir.
Estamos num mundo frio, sem sentimentos. As pessoas estão matando umas às outras com a maior frieza, como se estivessem matando mosquitos. Hoje, mata-se, rouba-se e sequestra-se com a maior indiferença; parece que o amor foi gelando. Há muitos pais e mães, por exemplo, que parecem não ter mais amor por seus filhos, pois estão muito mais envolvidos com outras coisas. Se não têm amor pelos próprios filhos, imagine pelos outros… Para essas pessoas, Deus tanto faz como tanto fez, Ele é apenas um acidente na vida delas. Pois pautar a nossa vida n’Ele e amá-Lo sobre todas as coisas está “saindo de moda” cada vez mais. Isso atinge também aos cristãos e católicos, consagrados, sacerdotes e religiosos. Não estou criticando, apenas dizendo que nós precisamos reagir, sendo pessoas que acolham não só a Palavra, mas o próprio Deus.
Não podemos ser “terreno pedregoso”, pessoas que acreditam que quando os problemas chegam, Deus vai embora. O Senhor não tem tido lugar em nossas vidas. É como em Belém, quando José e Maria não encontraram lugar para Jesus nascer.
São Marcos nos diz que a semente caiu em terra boa. É isso que precisa acontecer conosco, é necessário que Deus venha habitar, venha ser o Senhor em nós com tudo aquilo que Ele tem direito. É preciso reagir, a indiferença, para que a presença d’Ele, em nós, possa dar frutos de fé e de amor.
Precisamos ser como o São Francisco de Salles. Ele se deixou ser “domado” por Deus, ele quis que o Senhor o tomasse e tornou-se um santo da caridade, da mansidão, muito semelhante a Jesus Cristo.
Nós precisamos do próprio Deus nos fazendo homens e mulheres de amor, de ternura, de caridade, que amam e nadam contra a correnteza da indeiferença. O Senhor conta conosco para sermos “oásis” de amor no “deserto” que este mundo já se tornou. Ele conta conosco. Precisamos ser pessoas possuídas e conduzidas pelo Espírito Santo. Precisamos nadar contra a correnteza e arrastar todos os que estão próximos de nós para que possamos ser pessoas de fé. Precisamos que o Espírito Santo nos reinflame, porque Ele foi o maior carisma que recebemos, pois Ele é o próprio amor.
“Senhor, faz de nós homens e mulheres possuídos pelo Espírito Santo.”
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib