Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu. (2 Cor 5,17)
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura!
Quando dizemos “nova criatura”, nossas palavras são pobres para expressar tudo o que aconteceu conosco. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo. Somos realmente novas criaturas!
É por isso que o Senhor quer que vivamos uma nova vida, deixando o velho para trás e olhando para frente, seguindo em frente, para rumos novos, como filhos de Deus.
São Paulo teve a grande graça de experimentar isso e escreveu sobre essa experiência. Ele não falava de teorias, mas sobre algo que estava vivendo. Por essa razão, expressou-se com vigor na Carta aos Romanos. Desde o início do capítulo 6, o apóstolo Paulo fala da salvação de Jesus, do que Ele nos fez e do que conquistou para nós. Quando chega ao versículo 11, diz:
“Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo” (Rm 6,11).
Cada palavra que está nesse versículo é preciosa. Este “considerai” não é uma consideração qualquer, mas sim um “se considere”. Saiba quem você é e porque é assim, considere-se e viva dessa maneira.
Imagine o filho de um rei. Ninguém pode mudar a realidade desse príncipe, mas, infelizmente, ele não está levando isso em consideração, não está vivendo como “o filho do rei”. Então, dizemos a ele: “Considere-se o filho de um rei. Por favor, viva como o filho de um soberano. Deixe de lado essa vida miserável que você vive. Você é filho de um rei, então, considere-se assim”.
Que o pecado não reine mais no corpo mortal de vocês, submetendo-os às suas paixões (Rm 6,12). Considere-se morto para o pecado, porque o Senhor já o libertou e ponto final. Agora, você está vivo para Deus, em Cristo Jesus. Portanto, considere-se vivo n’Ele.
São Paulo continua na Carta aos Romanos:
Não ofereçam os membros como instrumento de injustiça para o pecado. Pelo contrário, ofereçam-se a Deus como pessoas vivas, que voltaram dos mortos; e ofereçam os membros como instrumento da justiça para Deus. Pois o pecado não os dominará nunca mais, porque vocês já não estão debaixo da Lei, mas sob a graça. (Rm 6,12-14).
Em geral, consideramos o pecado apenas como uma culpa que contraímos diante de Deus, como algo jurídico, e não como o que ele é realmente: uma doença.
O pecado é assim, ele existe, é uma rebelião contra Deus. Para que se manifeste, o mal precisa reinar em alguém.
A Palavra de Deus nos diz: não permita que o pecado entre em seu corpo mortal; ele está por aí, procurando alguém que possa subjugar. Não permita isso!
Quando você montar num cavalo, toma as rédeas dele e o leve para onde quiser. A Palavra do Senhor nos ensina: “Não permita mais que o pecado ‘monte’ em você e o faça obedecer às rédeas dele”.
Não faça mais isso! “Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal”, que você não obedeça mais a seus impulsos nem ofereça seus membros como instrumentos do mal. Você já não está mais sob a lei do pecado. Não se coloque de novo sob o jugo da escravidão.