O inimigo não vai conseguir a vitória, pois o Senhor já o derrotou. Mas satanás quer ter derrotados junto com ele. Você pode ver aquele que perdeu em um jogo, em uma gincana e quer que os outros percam com ele. Assim é o inimigo, ele é muito sujo! Ele quer nos oferecer coisas gostosas, coisas que apetecem a nossa sexualidade, a nossa carne, a nossa vaidade, como um vendedor que sabe que seu artigo não presta para nada, mas o quer vender. Não podemos mais ser inocentes com o inimigo.
Talvez você pense: Todo mundo faz, todo mundo quer. Se o inimigo está fazendo os outros de “trouxa”, nós não podemos agir mais como derrotados e permitir que ele faça o mesmo conosco. Veja toda a sanha dele para que vivamos uma sexualidade ativa na juventude e na adolescência. Isso não é para o nosso bem. Mas ele quer nos destruir desde cedo.
Quantos meninos, na rua, começam a ensinar uns para os outros a malícia da sexualidade! E que coisa linda é a nossa sexualidade masculina! Mais linda ainda a sexualidade feminina, porque nos concebe e gera para Deus. Falando da sexualidade masculina, o inimigo, infelizmente, nos ensinou coisas erradas, e nós ficamos com vergonha de Deus; assim como Adão e Eva que tiveram vergonha do Senhor.
Quantos rapazes sabiam que suas atitudes erram erradas, mas já tinham a sua sensibilidade aguçada e se entregaram ao pecado! Com isso, afastaram-se de Deus, deixaram de comungar, de ir à Missa e, por vergonha, não tiveram vontade de falar com Ele. O que acontece com os meninos também acontece com as meninas. Quando chega a adolescência, a coisa piora. Quantas meninas já estão “estragadas” nos sentimentos e no corpo! Marcadas na infância e na adolescência.
Tive a graça de ir a Assis, cidade onde viveu São Francisco e Santa Clara. Jesus disse a São Francisco naquela época: Francisco, vá e reconstrua a minha Igreja. E o Senhor disse para mim: Jonas, vá e reconstrua a minha casa que está em ruínas”. Pude entender aquilo que, no primeiro momento, Francisco não havia entendido: a casa somos nós, eu e você. Se eu, até agora, gastei a minha vida, a minha juventude como uma vela, gastei-a por vocês! E quero gastá-la ainda mais pela juventude.
O meu campo de trabalho é resgatar milhões de jovens para Deus. Estou gritando como o meu pai Dom Bosco: Dai-me almas e ficai com o resto. Domingos Sávio olhou aquela frase, no quadro, em latim, e não a entendeu; então, pediu que Dom Bosco a traduzisse para ele. Domingos Sávio viu que se tratava de um “negócio de almas” e disse: Eu sou o primeiro. Como o alfaiate trabalha no tecido, eu quero ser o primeiro. Estou nas Suas mãos, como um tecido, e o Senhor é o Alfaiate.
Deus falou ao meu coração e, agora, eu tenho uma tremenda responsabilidade de resgatar os jovens para o Deus. Eu não sei quantos eu vou conseguir para o Senhor, não sei quantos eu vou conseguir fazer santos como São Francisco e Santa Clara. Mas sei que tenho um grande campo de milhões de jovens no Brasil. Eu não posso me dar repouso, eu preciso arregaçar as mangas. Sei que não estou sozinho. Falando com você, sei que o Senhor está tocando o seu coração, a fim de que você me ajude a resgatar a juventude para Ele. Vejo que Deus me deu a graça de atrair os jovens. Não tenho nada de especial, mas tenho tudo, que é Jesus.
Quando São Francisco estava em um lugar muito alto, em Laverna, nos últimos anos de sua vida, o Senhor imprimiu as Suas chagas nas mãos, nos seus pés e no coração dele. São Francisco escondeu-a durante anos; apenas os mais íntimos sabiam disso, mas ninguém tinha certeza, porque Francisco não as mostrava. Quando ele morreu, os irmãos que o acompanharam, na vida franciscana, puderam ver de perto suas chagas. Isso é o que eu peço a Jesus e tenho buscado e hoje o convido a pedir a mesma coisa: os traços de Jesus, a fim de que se gravem, se imprimam em nós! O rosto de Jesus, a Sua expressão facial, o corpo de Cristo no nosso corpo, para agirmos como Ele, rezar e ter o coração com os mesmos sentimentos do Senhor, para seguir como Ele, ter ardor e buscar almas como Jesus.
Nós temos de deixar a timidez de lado e querer que isso seja real. Que outros jovens, seus colegas, seus pais e até mesmo os seus irmãos possam seguir você, porque você está seguindo Cristo. Que os outros possam ser como você, que está querendo ser como Cristo.
Temos um campo enorme e vasto. Humanamente, é impossível atingir a todos, mas sei que somos vistos e ouvidos por muitas pessoas, até mesmo por aqueles que não nos aceitam, por aqueles que nos combatem e querem nos destruir. Provavelmente, eles debocham de nós e nos chamam de ingênuos, mas nós não o somos, pois estamos do lado do Vencedor. Jesus é vitorioso, é eternamente jovem.
O nosso campo missão é de milhões de jovens. Já imaginou se você conseguir resgatar três mil, trinta mil para Deus? Ainda é pouco perto de milhões, mas quanto mais jovens santos e com têmpera de São Francisco e Santa Clara, neste Brasil, mais jovens de Deus nós teremos. O Senhor já está chegando, e esses jovens precisam ser resgatados!
Pregação: “Cem milhões de jovens para o Senhor”, monsenhor Jonas Abib