Músicos inspirados pelo Espírito

Se você observar os Salmos que falam a respeito da vinda do Senhor, especialmente o 96 e 98, verá que ambos começam assim: “Cantai ao Senhor um canto novo” (Sl 96). O Salmo 98 começa também: “Cantai ao Senhor um cântico novo, porque fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a salvação. O Senhor fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos dos gentios. Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus” (Salmos 9,1-3).

O Senhor virá para governar a Terra; e até que Ele venha, porque está cada vez mais próximo, nós precisamos cantar essa canção nova.

Nós, Comunidade Canção Nova, poderíamos nos chamar “Canto Novo”. Poderíamos, mas nos chamamos Canção Nova, porque é mais popular. Nós fomos criados para ser sal na massa, e o sal precisa salgar. Fomos criados também para ser fermento. Muitos outros foram salgados e salgaram, mas nós não podemos perder a essência, não podemos ser lights. Precisamos salgar bem, precisamos ser fermento forte para fermentar uma massa enorme. O Senhor não nos quis apenas para cantar uma canção nova, mas para todos os remidos!

Em Apocalipse 5,9 lemos: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.” Por isso precisamos já, agora, nesta terra, cantar um cântico novo. Precisamos ser o alto-falante de Deus. A música nunca é neutra, ou ela vem do céu ou do inferno. Ou ela nos leva para bênção ou para maldição. Música neutra não existe.

Não queira ficar na situação limítrofe entre uma coisa e outra. Adentre ao canto novo, à canção nova, e avance! Fique longe da canção velha que vem do inferno e o leva para lá. Talvez você esteja do lado da canção velha, da canção do inferno, mas ela não vem do Espírito Santo, e sim do maligno. Saia o mais depressa possível dessa situação!

Músico, você não pode tocar nas noites e na igreja, não pode tocar nos barezinhos e nos grupos de oração. Desculpe-me, mas não dá mais para misturar essas duas músicas. Com todo respeito a todos que compõem essas músicas, mas grande porcentagem delas não nos levam para o céu. Toda música mexe com a pessoa, mexe também com o nosso sistema nervoso. Até mesmo os surdos dançam, porque sentem a música no seu sistema nervoso.

“O próprio Espírito vai ensiná-lo a tocar, a cantar e a compor”, disse monsenhor

Música não é só letra, mas é ritmo que mexe com a gente. Há músicas que “pegam” uma parte muito importante do ser humano: a sexualidade. Músicas que fazem vibrar certas partes do nosso corpo. Nós não podemos ter ritmos que mexam com as nossas partes frágeis.

Se você ouvir um canto gregoriano, algo dentro do seu ser vai vibrar. Até os simples Salmos vibram em nosso interior. Eles nos dão paz, poque são cânticos novos. Por isso, quando você entra num mosteiro, aquela música ressoa dentro do seu interior.

Depende de nós jogar, em nossa corrente sanguínea, coisas do céu ou do inferno. A música pode nos trazer Deus e paz, mas também pode criar em nós revolta, sedução, sexualidade e corrupção.

Músico gosta de música, não vive sem ela. A “cachaça” do músico é a música. Pelo amor de Deus, não fique ouvindo esses CDs de MPB! Para tirar os arranjos, você não precisa disso, porque tem a inspiração que vem do céu.

Se você é músico, eu o sou mais que você! Claro que não por graça minha, mas de Deus. Quando eu era jovem, eu ficava solfejando as notas, cantando, porque eu precisava aprender. Eu tinha pedido a Deus que, se a música fosse útil ao meu sacerdócio, que ele me desse esse dom. E Ele me deu o dom de cantar. Eu tenho a voz muito curtinha e rouca, mas o Senhor já usou muito dela. Eu sou pai de muitos músicos, e isso é uma responsabilidade para mim. Por isso, escute hoje a voz do pai!

Nós que conhecemos música percebemos quando uma cantora imita a voz de outra. Mas você não precisa disso! Consagre a Deus a sua maneira de tocar o seu instrumento, a sua voz. O Espírito Santo é genuíno, Ele é autêntico e genial. Você não precisa ficar imitando grupo nenhum! Cante em línguas para ser inspirado por Deus. O próprio Espírito vai ensiná-lo a tocar, a cantar e a compor.

Já viu o que a música clássica faz conosco? Ela nos harmoniza, põe as coisas no lugar, alinha tudo em nós, até a nossa saúde. Já a música do inferno mexe conosco e nos desalinha.

Qualquer tipo de músico – seja cantor, baterista, instrumentista, violonista ou quem faz as gravações – precisa ter discernimento, porque nós não só servimos com a música, mas nós as ministramos. Não basta ter letra de aleluia ou cântico de comunhão a Maria; não adianta que a letra diga da pureza dela se o timbre que você der não vier do céu. Além de mexer com o sistema nervoso, ela mexe o nosso psíquico, com a nossa alma. A música chega onde as outras coisas não chegam, seja para o bem ou para o mal.

Peça discernimento e humildade ao Senhor para que você consiga administrar a música do céu. Músicos precisam ter intimidade com Deus e estar sintonizados com Maria, com os santos e com os anjos. Você precisa ser uma pessoa de profunda oração, sintonizado com o Espírito Santo.

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.

Pregação ‘Músicos inspirados pelo Espírito’, de monsenhor Jonas Abib, em 23 de outubro de 2003.

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