A Igreja de ontem e de hoje só poderia se declarar assim, porque é coerente com a Palavra de Deus, divinamente revelada e a nós apresentada pela Bíblia.
Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus (Lv 19,31).
A ordem de Deus é clara: Não vos dirijais aos espíritas! Não os consulteis! É preciso ser mais claro? E o Senhor mostra a consequência, como um pai que sabe o que tem por trás e por isso adverte os filhos: “Para que não sejais contaminados por eles.” Além de tudo, o Senhor apresenta Suas credenciais, Ele tem o direito de ordenar e proibir: “Eu sou o Senhor, vosso Deus.” Na autoridade de Senhor, mas ao mesmo tempo de pai que ama seus filhos, Ele pode insistir na sequência do livro do Levítico:
Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos adivinhos para fornicar com eles, voltarei meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio de seu povo (Lv 20,6). E por fim, com a mesma autoridade de um Deus que é Amor, Ele conclui: Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer adivinhações será morto. Serão apedrejados, e levarão sua culpa (Lv 20,27).
Hoje vemos um espetáculo deprimente mas real: pessoas que chegam a ponto de se consagrar ao demônio! E muitos estão conscientes do que fazem. Fazem isso para obter dinheiro, para conseguir coisas materiais, para ter fama, sucesso como cantor, como ator; para receber muito dinheiro nos teatros em que se apresentam, com os CDs que gravam… Infelizmente essas pessoas acabam se entregando ao demônio, e, como ele é “o príncipe deste mundo”, acaba abrindo as portas para que essas pessoas consigam sucesso e prosperidade.
Conseguem sucesso, mas a um alto preço. Eles estão sendo enganados. Mesmo que adquirissem grande fortuna, grande fama, o que aconteceria depois? E a eternidade? Sabemos, pelos fatos, que essas pessoas não têm sucesso por muito tempo. O demônio age assim: depois que as pessoas se consagram, ele as usa por um período; depois se desinteressa delas e faz como as crianças que constroem castelos na areia e depois os destroem.
O demônio acaba destruindo, ainda nesta vida, aqueles que se consagram a ele. A vida dessas pessoas se torna um caos, uma infelicidade. Além disso, uma vez que se consagram a ele, se não desfizerem essa consagração durante a vida, serão condenados. Se não se desfizerem desse pacto, vão viver com ele, porque a ele entregaram a própria vida. E não será Deus quem os condenará. Não. Aquele a quem se consagraram é que os levará para a condenação.
Essas pessoas, coitadas, não imaginam a loucura que estão fazendo. Elas não sabem com quem estão mexendo. O demônio é o “pai da mentira” e por isso usa de todo tipo de disfarce, de engano, de embuste… E muitos acabam sendo vítimas. Você pode achar exagero, mas não estou mostrando quase nada. Nós não imaginamos o quanto tem sido frequente e difundindo por toda parte o satanismo, com todos os seus rituais, práticas e consagrações. É a mais deprimente realidade do mundo moderno, tão orgulhoso de sua ciência e tecnologia.
Muita gente bebe dos dois cálices. Vai à Missa e até comunga, mas vai também ao centro espírita, aos terreiros, à umbanda, ao candomblé, aos ciganos e ciganas que leem a mão, que leem cartas, que veem a sorte…
Não temos visão, não temos conhecimento, mas Deus tem. E, porque nos ama, Ele proíbe e não nos dá certas coisas. Se você quer muito aquele curso na faculdade, aquele emprego, é certo que Deus sabe se ele será bom ou não para você; se vai resultar na sua salvação ou na sua perdição. Por isso, muitas vezes Deus não nos dá aquilo que tanto desejamos. Não porque Ele seja mau, mas porque sabe muito bem o futuro.
Mesmo que você ache que tal coisa lhe seria o melhor, Deus, que o ama, sabe realmente o que é melhor.
Deus o abençoe!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Trecho extraído do livro “Sim, sim! Não, Não!” do monsenhor Jonas Abib