Monsenhor Jonas Abib

Não fiquem na ignorância

São Paulo faz uma comparação muito expressiva e forte: “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão” (1Cor 10,16-17).

Ousadamente, São Paulo vai dizer aos cristãos de Corinto, e a nós nos dias de hoje, que: assim como entramos em comunhão profunda com Cristo quando comungamos, também os que oferecem sacrifícios aos ídolos não os oferecem a eles, mas aos demônios que se escondem atrás deles e entram em comunhão com eles. Preste bem atenção:

“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor?” (1Cor 10,20-22).

São Paulo nos apresenta uma verdade de capital importância. Aquele que participa do sacrifício de Cristo entra em íntima comunhão com o Corpo e o Sangue do Senhor. Igualmente, aqueles que participam dos sacrifícios oferecidos aos ídolos, sabendo ou não, acabam entrando em comunhão não com os ídolos, porque, como o apóstolo afirma, os ídolos, na verdade, nada são, mas entram em comunhão com os demônios. É pesada, mas muito clara a afirmação de São Paulo:

“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios” (1Cor 10,20).

Na verdade, São Paulo declara – e isso é bíblico, portanto é de fé – que por trás dos ídolos quem se esconde são os demônios. Eles usam desse disfarce por um lado para enganar os pagãos e, assim, mantê-los na ignorância. É uma verdadeira escravidão que esses espíritos malignos exercem sobre eles. O demônio os mantém debaixo de um pesado jugo. Sob a aparência de uma total liberdade, ele traz a mais dura escravidão. Por outro lado, os demônios se escondem por trás dos ídolos, porque a mais louca pretensão do maligno é ser adorado como Deus. Por isso, os demônios exigem que os pagãos lhes ofereçam sacrifícios e os cultuem com os mais estranhos rituais.

Justamente, por isso, São Paulo pode declarar: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus” (1Cor 10,20a).

Diante disso, ele pode lhes dar uma ordem clara e definida: “E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios” (1Cor 10,20b).

Como consequência dessa palavra de ordem, ele afirma: “Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1Cor 10,21). Essa palavra de ordem de São Paulo é muito forte… Mas ele a pronunciou por um motivo muito concreto e com a plena convicção do que dizia. Como pai da comunidade de Corinto, ele se sentia no direito de lhes fazer essa proibição.

Deus o abençoe!

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib 

Trecho extraído do livro “Sim, Sim! Não, Não!” do monsenhor Jonas Abib

 

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