Não podemos correr o risco de nos perder

A primeira carta de São João foi escrita durante o tempo da perseguição aos cristãos, quando as pessoas eram obrigadas a negar Jesus, pois, do contrário, eram perseguidas e sua fé abalada. Havia aqueles que O negavam e, infelizmente, faziam com que os outros também O negassem, mostrando-lhes que Cristo havia sido apenas um grande homem e negando a divindade do Senhor para que eles não tivessem grandes problemas de consciência. Foi por isso que São João, com muita tenacidade, escreveu três cartas.

Na primeira, ele insiste na palavra “permanecei” (1Jo 2,22-28) e acrescenta logo em seguida: “Escrevo isso a respeito daqueles que procuram desencaminhar-vos”. Também estamos vivendo uma perseguição que solapa a nossa fé e nossos costumes. Tudo está se tornando normal, inclusive a sexualidade desregrada e a separação dos casais.

“Temos de ter um grande zelo por nós mesmos se quisermos ser firmes na fé”, ensina monsenhor Jonas

Meus irmãos, assim como São João queria firmar a fé daqueles que passavam por dificuldades, mas aguentavam tudo; ele queria também conquistar os demais para o Senhor. Temos de ter um grande zelo por nós mesmos se quisermos ser firmes na fé. Nós, que queremos lutar para ser firmes, devemos lutar também para sermos “recatados” pelo Senhor.

Quantos pais de família foram “roubados” de suas esposas e de seus filhos! O mundo os roubou. Devemos “engolir”, “digerir”, assimilar a Palavra de Deus e, depois de tanto “ruminá-la”, ou seja, refleti-la, ela fará o seu curso dentro do nosso “organismo espiritual”. Nós precisamos, assim como São Basílio e São Gregório, aprofundarmo-nos na vida cristã.

João Evangelista era um grande pregador, ele era firme na fé e, por ser alguém que viveu na perseguição clandestinamente, escreveu e “traficou” a Palavra de Deus para aqueles que precisavam fortalecer-se na fé. Ele não era o Messias, mas a voz que gritava no deserto: “Preparai a vinda do Senhor”.

Não podemos correr o risco de nos perder antes da segunda vinda de Jesus. Precisamos pregar a salvação, mas, talvez, a nossa seja o lugar mais difícil de fazer isso. É preciso que permaneçamos no Senhor para que os corações de nossos filhos se abram e a nossa oração possa atingi-los. Assim, poderemos ter plena confiança de que, quando Ele se manifestar, nossos filhos não serão vergonhosamente afastados d’Ele. Precisamos chegar ao ponto de sermos confundidos com o Messias pelo número de pessoas que conquistarmos, tentando preparar o caminho para Ele, como São João o fez.

Que as pessoas vejam em você a força do Espírito Santo para garantir a sua salvação e a de seus familiares. É preciso dizer “Amém. Assim seja, Senhor.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Padre Jonas Abib

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