Não sereis tentados além das vossas forças

Os judeus nunca interrompiam um sacrifício. Se começavam, nada os fazia parar.

Houve uma revolta muito grande na Judéia, justamente nos dias de festa. O governador Pôncio Pilatos, como correção para o povo e sabendo que era impossível interromper um sacrifício, mandou a guarda entrar no templo, exatamente naquele momento. Os soldados armados foram chacinando todas as pessoas: sacerdotes, levitas, o povo…

Impressionante é que todos permaneceram no mesmo lugar. Os sacerdotes não deixaram o altar, continuaram a cantar, oferecendo o sacrifício. Somente quando foram atravessados pela espada é que pararam de cantar. Eis o que nos diz o Evangelho:

“Nesse momento, aproximaram-se pessoas que relataram o caso dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara ao dos seus sacrifícios. Ele lhe respondeu: ‘Pensais que, por terem sofrido tal sorte, esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro Galileu? Não, eu vo-lo digo, mas se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo” (Lc 13,1-3).

E Jesus contou outro fato que havia acontecido em Jerusalém. A torre de Siloé era muito alta e caiu por cima de muitas pessoas. A cidade estava cheia, e muita gente ficou debaixo nos escombros. Jesus pergunta:

“E aquelas dezoito pessoas sobre as quais caiu a torre de Siloé e as matou, pensais que eram mais culpadas do que qualquer outro ambiente de Jerusalém? Não, eu vo-lo digo, mas, se vós converterdes, perecereis todos da mesma maneira” (Lc 13,4-5).

O Senhor está dizendo a todos que a graça da conversão precisa ser consolidada! Quando o Senhor nos fala, como na Palavra acima, não é para nos apontar o dedo e nos condenar. Pelo contrário, Deus não quer a morte do pecador, mas sim, que ele se converta e viva.

Os fatos foram escritos para a nossa advertência! Todas essas desgraças aconteceram para nosso exemplo. Foi para nós que isso foi escrito.

A verdade é esta: o Senhor não está querendo castigar o Seu povo, pelo contrário, a briga d’Ele não é com seu povo, não é conosco, não é contra a humanidade, vítima da tentação; a briga do Senhor é contra o inimigo… E você sabe quem é o verdadeiro inimigo.

O inimigo constrói um castelo bonito, como aqueles que as crianças fazem na praia: um castelo de ilusão, malícia, corrupção, cobiça, ganância, impureza, pornografia, obscenidade. Parece até pomposo e firme, mas é de areia.

Construído o castelo, ele mesmo vem e faz como as crianças: derruba tudo e dá risada.

A Aids não é castigo de Deus, mas é o deboche do inimigo que construiu um castelo de pecado e depois o derrubou em cima das próprias vítimas. Eles acabaram sendo vítimas da própria situação.

Infelizmente, muitos foram vítimas de uma afetividade desviada e fraca. Muitas moças carentes de amor, porque não foram amadas na família, buscaram compensá-los em relacionamentos errados. Rapazes que foram vítimas da ausência do pai, da superproteção errônea da mãe e que acabaram se envolvendo sexualmente com colegas de infância, partiram para o homossexualismo.

Moça e rapazes foram pelo atalho mais fácil e caíram numa vida totalmente errada.

A questão de “assumir” o homossexualismo é a maior tolice, porque, biologicamente, os casos de homossexualismo, tanto masculino como feminino, são raros; a percentagem é muito pequena.

A maioria dos que enveredaram na prática do homossexualismo não são biologicamente homossexuais. Entram por esse caminho por problemas de educação: ausência ou autoritarismo do pai, superproteção da mãe, falta de amor, de presença, de carinho, práticas homossexuais logo na infância, abusos de adultos…

Homens e mulheres têm hormônios masculinos e femininos, e existem casos de desequilíbrio em que o rapaz se apresenta com a taxa de hormônios feminino bastante alta. Mas isso não significa que ele seja fatalmente um homossexual. O mesmo pode ocorrer com as mulheres; porém, os casos não são tão comuns como se pensa.

Mas ainda que, ocorra um desequilíbrio hormonal, o correto é recorrer ao médico, a um especialista que coloque os hormônios em equilíbrio. É uma questão de tratamento e cura, não de simplesmente assumir-se como homossexual.

Lutamos contra qualquer doença. Deus está aí, a ciência está à nossa disposição, há tratamentos. Na verdade, é uma luta em que Deus e homem entram juntos, como parceiros, como aliados, para combater a doença, seja ela qual for.

Como disse acima, a maioria dos que entram para prática do homossexualismo, tanto masculino como feminino, não é por causa biológica; em geral, o problema é psicológico e a solução não é assumir, mas tratar. Há cura! Mesmo que seja difícil e demorado, há cura!

Os médicos e psicólogos sabem disso. Muitos profissionais, porém, acabam recomendando o mais fácil: o “assumir” – isso não resolve nada – só complica.

Não falta quem incentive e se aproveite de situações desse tipo. O inimigo faz isso justamente para atrapalhar o plano que Deus tem para cada um de nós e, assim, deformar a linda criação de Deus. Deus fez o homem homem e a mulher mulher. Primeiro, é preciso ter a terra boa para depois nela cultivar. A terra na qual Deus quer plantar é o homem. A partir daí, Ele realiza Seu plano a nosso respeito.

Moisés, João Batista e José não foram exceções. O plano de Deus para cada um de nós será sempre um plano lindo, feito por Deus mesmo. Para alguns, o plano é mais visível, mais nítido; para outros, não. Tudo, porém, baseia-se no fato de você ser homem ou ser mulher; o restante será uma conseqüência. O fato de simplesmente assumir-se como homossexual é desviar-se do plano de Deus.

Não podemos permitir que o inimigo deboche do nosso Deus, usando-nos como vítimas; não fomos feitos para isso. Não deixe o inimigo continuar debochando de Deus e rindo de você! Não estrague sua vida!

Talvez você não tenha percebido ainda, pois no começo é “aquele embalo”. Parece tudo muito bom e muito gostoso, uma linda aventura! Mas você está sendo ingênuo e iludido pelo inimigo.

Talvez você nunca tenha encontrado alguém com quem pudesse abrir o coração e falar da sua situação, sem receio. Alguém que levasse você a sério e acreditasse na sua recuperação.

Ouça o que o Senhor lhe diz: “Você tem solução!”.

É preciso recorrer aos meios que Ele lhe dá, mas é importante também a sua decisão. Se você já foi vítima, vai precisar de muito empenho para lutar contra o pecado, como se luta contra qualquer outra doença. Se a moléstia se alastrou, é preciso um tratamento muito mais sério ainda.

Não existe problema sem solução e Ele quer dar a solução para você. A solução não é “assumir”, partindo para o desregramento, mas é resolver. É decisão, é luta, é garra, é oração de cura interior e, se forem necessários, remédios e terapias.

E se a doença perdurar, reaja e continue a lutar…

A Associação dos Alcoólatras Anônimos nos ensina que o alcoolismo é uma doença, muitas vezes congênita, que vem por hereditariedade, mas que tem cura. Não é porque você é portador do alcoolismo que se entregará ao desregramento, estragando a si mesmo e aos que estão ao seu redor.

Assumir o homossexualismo masculino ou feminino é estragar a si, a sua família, a dos outros e a própria sociedade, a ponto de torná-la uma chaga!

Outra realidade para a qual precisamos olhar é a agressão que se desencadeou no mundo, a violência que tem atingido as cidades grandes e também as do interior.

Há jovens morrendo, agressões, roubos e seqüestros, tráfico de drogas… Tudo envolvendo violência. Na verdade, o inimigo fez um castelo de areia, e agora está fazendo com que ele caia sobre as próprias vítimas. É só ver a corrupção que existe ao nosso redor. Ninguém tem segurança.

O estrago tem entrado em nossos lares com músicas sensuais, revistas, filmes pornográficos e programas degradantes, atingindo nossas famílias com toda a fúria. Maridos querendo levar para dentro de casa a sexualidade que aprenderam com os amigos, ou nas sarjetas das ruas e querem que aconteça no leito nupcial o que acontece o leito das prostitutas.

É loucura pensar que no campo da sexualidade tudo é permitido.

Retirado do livro: .

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